Parte dum texto que circula pelas caixas de correio electrónico. A sua leitura não pode deixar de invocar recordações aos que já entraram nos "entas".
"Nos nossos sete, oito e nove anos tínhamos que fazer aqueles malditos ditados de que as professoras se orgulhavam. A partir do terceiro erro de cada texto, tínhamos que aquecer as mãos para as dar à palmatória.
E levávamos reguadas com erros destes: “ação”, “ator”, “fato” (“facto”), “tato” (“tacto”), “fatura”, “ reação”, etc, etc… Os brasileiros levavam menos reguadas e ganhavam-nos. Com o novo acordo ortográfico, voltam a ganhar-nos, pois somos nós que temos que nos adaptar."
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15 comentários:
Como se não bastasse o empobrecimento e abastardamento da latinidade, que outros idiomas conservam, a saber:
Latim - actor - factor - sector
Francês - acteur - facteur - secteur
Espanhol - actor - factor - sector
Inglês -actor - factor - sector
Alemão - akteur - faktor - sektor
Port. séc. XX - actor - factor - sector
Port. séc. XXI - ator - fator - setor
Brasil desde sempre - ator - fator - setor
Se filho se portou mal a engolir consoantes, o pai desaprende e passa a falar brasileiro, com o que perde ortografica e vocalmente.
É a fruta dos tempos inacabados.
Ainda podemos dizer NÃO!
http://ilcao.cedilha.net/
Por mim digo não definitivamente, se não exercer actividade profissional depois dos 66 anos. Quanto às nossas professoras, gostavam dos ditados e ainda bem, pois foi assim que aprendemos a escrever.
Sou contra o "acordo ortográfico" porém, como leitor assíduo deste blogue, só tenho a lamentar que este dissemine inverdades como: "Com o novo acordo ortográfico, voltam a ganhar-nos, pois somos nós que temos que nos adaptar."
O acordo, tanto quanto sei, também altera a ortografia do outro lado do Atlântico, tendo por isso "eles" também de se adaptar.
Fernando
Calma! Adaptamo-nos a tudo. Daqui a dez anos tudo vai parecer normal. Como aconteceu com o acordo de 1945 e com as adaptações dos anos 60. A língua é dinâmica e evolui com os erros que os falantes lhe introduzem. Quando esses erros entram na norma, é preciso adaptá-la e "combinar" novas formas. Não sejamos (pseudo)puristas. Se tivessemos todos sido puristas absolutos, ainda falávamos e escrevíamos em latim.
"Se tivessemos todos sido puristas absolutos, ainda falávamos e escrevíamos em latim." Olhe que não, nem latim falaríamos. Balbuciaríamos como os homo de há 500.000 anos. O latim foi uma aberração de algo mais antigo.
Eu sou a favor do acordo. Pessoalmente dispensava o trabalho de me adaptar mas vem simplificar a formação dos alunos que cada vez tem mais matérias e requer mais anos de estudo.
Bem que o inglês precisava de uma revisão para não perderem tanto na escolas com "spelling contests".
"Se tivessemos todos sido puristas absolutos, ainda falávamos e escrevíamos em latim."
Pergunto a mim mesmo que mal faria se ainda falássemos e escrevêssemos em latim. Estou convencido que nenhum.
estou convencida que esse acordo foi assinado pelos que levaram mesmo reguadas em vão...nem com elas conseguiram disciplinar-se para escrever sem erros e então como , por mistérios da natureza , são agora os que legislam , depois do curso na Independente , adaptaram a escrita à medida das suas capacidades.
a mim mesmo que mal faria se ainda falássemos
se falassem mais ou menos eram padres
e há o problema
poetae latini minores
é uma língua mais própria para canis
declina-se inverte-se o sentido frásico
mesmo o latim tinha dialectos
e corruptelas linguísticas
aqui só devem ter tido latim do 5ºano dos liceus
ou do 11º tanto faz
Raposas ladinas que não chegam a
Comentariile ulterioare vor fi trimise la uvas latinas
de resto em biologia toda a taxonomia permanece latina
va fi vizibil după aprobare
e o romeno conserva muitos arcaismos linguisticos
do baixo latim
Acho que se fez demasiado alarido com isto. Até parece que vamos ter que mudar o modo de falar. Não me incomoda nada libertarmo-nos de alguns arcaísmos que, verdade seja dita, não faziam falta nenhuma à nossa língua, tais como as consoantes mudas.
Concordo que a escrita fica mais bonita com as consoantes mudas, mas não me parece que seja um argumento forte o suficiente para não a alterar.
E quanto ao primeiro comentário, tem lógica que essas consoantes existam tanto no francês como não inglês, porque são pronunciadas. Na nossa língua não são.
E já agora, os brasileiros também vão ter que alterar a escrita deles, não somos nós que vamos passar a escrever como eles; vai ter que haver adaptação de ambas as partes.
Levei algumas réguadas por causa dos malditos erros mas a professora usava a régua só para fazer de conta. Era uma por cada erro a partir dos três mas nunca podia ultrapassar as seis. Sentia um formigueiro depois do castigo mas nada de especial. Um dia enganou-se e deu-me uma a mais. Pediu-me desculpa, deu-me um beijo e perguntou-me se já tinha passado. Lembro-me que lhe disse que não fazia mal.
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