domingo, 6 de fevereiro de 2011

Colecção de Mapas Antigos apresentada na Joanina


Informação recebida da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (na foto: Carta de Portugal de Fernando Álvaro Seco, na versão editada no Theatrum Orbis Terrarum de Abraham Ortelius, em Antuérpia, no ano de 1570):

Foi recentemente adquirida pela Reitoria da Universidade e depositada na Biblioteca Geral a maior e mais completa colecção privada portuguesa de mapas antigos com representação do território de Portugal, reunida pelo Professor Carlos Alberto Nabais Conde, da Universidade de Coimbra. A apresentação da colecção realizar-se-á numa sessão pública que vai decorrer na Biblioteca Joanina no próximo dia 9 de Fevereiro, pelas 17 horas.

A sessão contará com a intervenção da Prof. Doutora Fernanda Cravidão, Professora Catedrática do Departamento de Geografia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, e durante esta sessão estará em exposição o único exemplar completo existente em Portugal do mais antigo mapa de conjunto do território continental, impresso por Tramezini em 1561, pertencente à colecção Nabais Conde e de que se conhecem menos de uma vintena de exemplares em todo o mundo.

Ao lado desta primeira edição do mapa de Fernando Álvaro (ou Álvares) Seco, mostrar-se-á na mesma ocasião um exemplar da primeira edição (Antuérpia, 1570) do Theatrum Orbis Terrarum de Abraham Ortelius, considerado o primeiro atlas moderno, e que deu a conhecer ao público em geral uma versão deste mesmo mapa. Em ambos, Portugal, antigamente Lusitania, é representado com o Norte para a direita, portanto com o país numa posição “deitada” que hoje parece muito insólita. A exposição das duas peças pretende evidenciar a complementaridade existente entre estes dois conjuntos, os fundos documentais da Biblioteca Geral e a colecção Nabais Conde, complementaridade essa que foi definitiva na decisão da sua aquisição pela Universidade.

A colecção Nabais Conde, com bem mais de 1000 peças, veio a partir de 2003 para a Biblioteca Geral para ser catalogada e fotografada, graças ao apoio de uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian, embora o seu tratamento e disponibilização ainda não esteja terminado. Parte da colecção foi objecto de uma exposição em 2003-2004 no Museu Nacional da Ciência e da Técnica no âmbito da iniciativa Coimbra, Capital Nacional da Cultura.

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