Curiosamente, a edição da semana passada da revista Time aborda essa temática, focando um dos seus maiores pensadores, o futurista Raymond Kurzweil. Engenheiro, inventor, orador internacional, Kurzweil começou por analisar os grandes passos da humanidade e a contar os intervalos entre os mesmos: entre a revolução agrícola e industrial tivemos 8000 anos, entre a lâmpada e a chegada à Lua viveram-se 90 anos e são apenas 9 os anos que distam entre o aparecimento da internet e o mapeamento do genoma humano.
O progresso não é linear, é exponencial! Os intervalos são, agora, vírgulas. Para Kurzweil, a singularidade ocorrerá em 2045, o ano em que a quantidade de inteligência artificial criada será mil milhões de vezes superior ao somatório de toda a actual inteligência humana. Para onde seguirá tal criatura? E nós?
Hoje, 30 000 pacientes com Parkinson têm implantes electrónicos, há robôs a combater no Afeganistão e, em 1997, Kasparov perdeu um jogo de xadrez para um computador e felicitou-o. A nossa convivência com as nossas criações artificiais é um namoro pacífico. "O Homem não é a soma do que tem, mas a totalidade do que ainda não tem do que poderia ter", dizia Sartre. Somos uma constante e imparável singularidade.
1 comentário:
1º isto não é assim tão linear
entre a revolução agrícola e industrial tivemos 8000anos com progressos e retrocessos vários
há povos que nem revolução agrícola tiveram
2º desde o primeiro reactor de fusão até hoje já se passaram décadas com progressos pouco significativos
no campo dos antibióticos há claramente um retrocesso desde os anos 40...em termos de eficácia em termos de resistência e em termos de falta de descobertas
logo essa exponencialidadeé...falaciosa
idem quanto à dependência da indústria química de um número limitado de matérias primas
as nanotecnologias em termos de aplicação prática
etc
Enviar um comentário