quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

OUTRO GRÁFICO PARA MEDITAR


Foi anunciado pelo Instituto Nacional de Estatística que, no último trimestre de 2010, a taxa de desemprego em Portugal atingiu um novo máximo de 11,1%. A evolução nos últimos anos pode ver-se no gráfico do economista Luís Aguiar Conraria, preparado a partir dos números oficiais, e que ainda não inclui os últimos dados. É um gráfico para meditar.

Depois de ter meditado, o Secretário de Estado do Emprego e da Formação Profissional afirmou (transcrição no "Público" de hoje):

“Durante 2010 o crescimento do desemprego desacelerou bastante em relação a 2009. Nesse sentido, falei em estabilização e mantenho essa perspectiva, estamos numa estabilização com valores muito elevados que temos de conseguir baixar”.

Depois de ter meditado?

6 comentários:

Manuel Coelho disse...

Nota-se que desacelerou, mas estamos claramente longe de estar "numa estabilização", como diz o Secretário de Estado do Emprego e da Formação Profissional.

Alguém lhe devia sugerir que fizesse o pino enquanto analisa os dados: a curva em 2010 seria descendente, um cenário repleto de esperança, pronto para ser comunicado ao país.

José Batista da Ascenção disse...

Ele há secretários de estado que têm meditações prodigiosas. É provavelmente por isso que transitam de ministério em ministério. Sempre deixando a sua marca indelével...
Ditoso país, que tais governantes tem!
Curvemo-nos, respeitosamente.

Anónimo disse...

Mas, será que as «análises» politiqueiras do Valter ainda espantam alguém? O Valter é um mensageiro, apenas isso. Ele não está ali, no Governo, para fazer análises nem expressar juízos de valor úteis. Ele está ali, qual gramofone encravado, para debitar frases, usualmente com pouco nexo que mostrem as virtudes, ou as inventem, nas situações mais desesperadas. Se em vez de 11 estivéssemos com 15 porcento de desemprego, o Valter diria que há esperança e está tudo bem porque estamos melhor que a Espanha. Esse é o trabalho que o capataz lhe deu. E ele fá-lo bem. Pena é que os nossos media ainda percam tempo precioso a perguntar seja o que for às pessoas que nos Governos têm estas tarefas. O tempo de antena devia ser entregue a quem tenha algo válido e útil a dizer sobre os temas e não a competentíssimos anunciadores de nadas e arautos de coisa nenhuma. Mas...

Anónimo disse...

Os políticos e as 2ªs derivadas...

Anónimo disse...

Olhe que às vezes dá mesmo jeito ver as coisas de pernas para o ar! JCN

Anónimo disse...

Mas o sr. não aprendeu na escola e delimitar períodos de desigual crescimento. Que se há-de fazer!

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