Continuam as "Terças-feiras de Minerva", em Coimbra. Neste ano, com o ciclo Literatura de hoje e de sempre.
A primeira sessão do ciclo, terá lugar no dia 01 de Fevereiro, pelas 18H30, e é dedicada aos Lusíadas, de Luís de Camões. Regina Rocha é a prelectora convidada.
Apresentação: "Os Lusíadas são a grande epopeia portuguesa, internacionalmente conhecida. Quando se pretende referir um grande nome da Literatura Portuguesa de todos os tempos, de imediato surge no pensamento de qualquer pessoa o nome de Camões e o do seu poema épico.Porque é que vale a pena conhecer esta obra? Que valores é que ela veicula? É, afinal, assim tão merecedora de ser a grande referência da Literatura Portuguesa? Nesta sessão, pretende-se partilhar com os presentes o valor intemporal do poema camoniano, a nível artístico e da universalidade de um pensamento".
Local: Livraria Minerva, Rua de Macau, 52, Coimbra.
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13 comentários:
institucionalizou-se durante duas grosas de anos
Camões e o mito do Portugal imperial
massaja o ego
logo é intemporal
A quem quiser participar na Sessão de 1 de Fevereiro, talvez tenha interesse em dar uma vista de olhos pelo obra de Luís de Camões, editada em Paris, em 1819 - com base na edição de 1817 - composta de 4 partes:
Advertência
Vida de Camões
Os Cantos
Notas da Advertência
Notas da Vida de Camões
Independentemente de quem vá ou não à Sessão de 1 do próximo mês, vale sempre a pena rever, ou ler pela primeira vez, o Poema Épico, de Luís de Camões.
Uma boa leitura para este fim de semana.
Improvisando:
A VERA RAZÃO
A razão principal por que Camões
ganhou direito à imortalidade
foi ter usado, em suas expressões,
a linguagem da... latinidade.
Ao gosto dos padrões renascentistas,
ninguém melhor do que ele interpretou
o jeito de falar dos humanistas
em todos os poemas que forjou.
Inaginando, os vejo a regalar-se
desvanecidamente ao deparar-se
com pérolas de Horácio e de Vergílio.
Expressando-se na sua linguage,
deu-lhes Camões, em virtual imagem,
a fruição de um renovado idílio!
JOÃO DE CASTRO NUNES
Redondilha
Canta o Caminhante ledo
No caminho trabalhoso
Por entre o espesso arvoredo;
E de noite o temeroso
Cantando refreia o medo;
Canta o preso docemente,
Canta o segador contente,
E o trabalhador, cantando,
O trabalho menos sente.
Camões
Insisto;
Camões é Portugal: ele sozinho
a sua pátria amada representa;
enquanto ele for lido, ninguém tenta
riscar do mapa o seu paterno ninho!
JCN
Quem estiver interessado na continuação desta Redondilha, cuja primeira linha titula o livro recentemente publicado por António Lobo Antunes, e ler muitas outras Redondilhas, poderá aceder ao Vol. IV das “Obras de Luís de Camões”, da autoria do Visconde de Juromenha (Lisboa, Imprensa Nacional, 1863).
There is something wrong with the title of the blog : "de rerum mundi". Two genitives alone have no meaning at all, just as if you would say: about Churchill's Thatcher's. You should have written: "de rebus mundi" or, at least, "de rerum mundo" (de + ablative + genitive). A great part of the history of science has been written in latin. Please, let us respect its grammar !
Mil desculpas pelo lapso, no meu anterior comentário porque, inadvertidamente, não introduzi a Redondilha para a qual sugeria o acesso à referência para a ler integralmente.
Agora, o comentário integral:
Redondilhas
Sôbolos rios que vão
Por Babilónia, me achei,
Onde sentado chorei
As lembranças de Sião,
E quanto nela passei.
Ali o rio corrente
De meus olhos foi manado;
E tudo bem comparado,
Babilónia ao mal presente,
Sião ao tempo passado.
… … … … … … …
Quem estiver interessado na continuação desta Redondilha, cuja primeira linha titula o livro recentemente publicado por António Lobo Antunes, e ler muitas outras Redondilhas, poderá aceder ao Vol. IV das “Obras de Luís de Camões”, da autoria do Visconde de Juromenha (Lisboa, Imprensa Nacional, 1863).
Ao redigir este comentário na língua dos vassalos de Sua Magestade do Reino Unido, vossemecê... não estaria com os copos? JCN
Camões vale uma Pátria, no caso, a nossa.
Com ela se identificou, a ponto de morrer quando ela se apagava, perdendo a sua soberania.
Um punhado de destemidos patriotas haveria de pôr cobro à amputação sofrida pela Nação, naquela auspiciosa manhã do 1.º de Dezembro de 1640.
Hoje parece que poucos nossos compatriotas valorizam a data e menos ainda o acto, em consequência de uma formação deficiente que produz estudantes sem cultura nacional, convencidos os dirigentes educativos de qualquer incompatibilidade entre ser cidadão Português e ser cidadão Europeu.
Como se as duas condições não fossem complementares.
Ler e meditar o magnífico poema épico de Camões pode ser uma forma excelente de combater este presente défice cultural dos estudantes portugueses.
Louvemos por conseguinte a oportuna iniciativa dos Professores de Coimbra.
António Viriato_Lisboa_30-01-2011
Eu sou dos que pouco valorizam a data e o acto (que nos lixou e bem lixados) talvez por falta de cultura da minha parte. Vou reler os Lusíadas para ver se passo a detestar os espanhóis um pouquinho que seja (as espanholas, nunca).
Leia os "Lusíadas", pá, e deixe de dizer... parvoíces! JCN
Reli e de facto resolvi nunca mais dizer parvoíces.
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