É bem conhecido que nos rankings feitos com base nos exames nacionais as escolas privadas se têm vindo a destacar no nosso país. O mesmo acontece em processos internacionais de avaliação. Curiosamente, as privadas conseguiam produzir esses melhores resultados com menos dinheiro, oferecendo bons exemplos de gestão. Portanto, seria de esperar que o Ministério da Educação, responsável pelas escolas públicas, procurasse promover o ensino nessas escolas de modo a alcançar os níveis que muitas privadas conseguem.
Mas em vez disso o que vemos? Um ataque insensato às privadas, através de cortes nos financiamentos que lhes estavam prometidos por meio de contratos de associação. Está muito na linha da pior tradição portuguesa: se há alguém melhor do que nós, em vez de o tentarmos imitar no que ele tem de melhor, procuramos destruí-lo, usando todos os meios possíveis e imaginários, de modo a que prevaleça a mediocridade. O nosso ensino precisa urgentemente de diferença, de alternativa, de emulação. Mas o que se perspectiva cada vez mais, agora com o pretexto da crise, é uma igualitarização por baixo.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
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9 comentários:
Ora aí está! Bem à portuguesa...
O Prof. Carlos Fiolhais acertou na mouche!
Um abraço do
José Couto
Porto
Ainda, a propósito do nivelar por baixo, e para quem não conheça, gostaria de relembrar a, chamada, Lei de Jante, de Aksel Sandemose.
Estas 10 (mais uma) regras parecem querer dizer tudo...
Para (re)ler em
http://bairrodavilarinha.blogspot.com/2011/01/11-maximas-para-2011.html
1 Abraço do
José Couto
Porto
E os ataques do Ministério da "Educação" não se ficam por aqui. Andam a colocar brigadas de inspectores não sei de quê nos colégios que não recebem um tostão do Estado no sentido de pôr na ordem. Exemplos:
1- os tempos de estudo não devem ter mais de um professor na sala de aula;
2- os colégios devem definir grelhas e procedimentos burocráticos para controlar as aprendizagens dos alunos;
3- os colégios não devem apoiar os melhores alunos, mas sim os piores;
4- os professores devem ser mais orientadores da aprendizagem e menos mestres;
5- as aulas devem deixar de ser "magistrais" (seja lá o que isso for) e mais centradas no interesse dos alunos (seja lá o que isso for);
6. as tecnologias da informação e da comunicação devem ser mais utilizadas no "processo ensino-aprendizagem";
7- entre outros delírios...
Isto é muito curioso, porque quem paga o salário dos professores não é o Ministério da "Educação", mas as propinas dos encarregados de educação. Mas a resposta destes burocratas é sempre a mesma: "É verdade, mas não pode haver escolas de primeira e de segunda!"
Se alguém entende isto... sem entrar na ideologia do Maio de 68 e/ou na música dos Pink Floyd "The Wall" sem ter um ataque de nervos...
Fixe a esquerda não é? Percebem agora porque está a escola pública na miséria que está? Esses aspectos que os colégios privados se queixam já os professorzecos da escola pública têm que os engolir há 15 anos!!!!
Em favor da humanidade
há que elevar a fasquia
para em termos de igualdade
haver mais categoria!
JCN
é que este ministério, está a coberto da palavra "público", a confundir ensino público com ensino estatizante E o grave, é que já passou há muito a fase da "confusão"...
Sendo embora discutível,
por baixo não se nivela,
mas apenas desnivela,
ficando abaixo do nível.
JCN
Altero o último verso para:
por ser abaixo do nível.
JCN
A liberdade na democracia portuguesa continua limitada e muito deficiente.
O Ministério da Educação só tutela as escolas do Estado. É como se o ensino particular não fosse também uma componente da educação pública nacional.
As escolas contratadas até podem ser equivalentes, na educação, às parcerias público - privadas, mas não são negócios que atraem interesses financeiras . São instituições de serviço público que traduzem uma liberdade pública essencial que o Estado deveria apoiar, além de fiscalizar. Prejudicar estas escolas - de populações livres mas carenciados - só pode ser classificado como canalhada política. É ainda lamentável o facto desta injustiça não atrair apoio maciço de órgãos de comunicação, no fundo sempre tão redutores a interpretar a liberdade de expressão, cuja 1ª linha está nas escolas.
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