quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Obrigada
Devemos declarar o dia de hoje, 26 de Janeiro de 2011, como um dia feliz. É um dia em que Portugal fica mais rico, e o mundo que ama a poesia também: o espólio literário de Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004) foi doado pela sua família à Biblioteca Nacional. A cerimómia oficial será mais logo, às quatro horas da tarde.
Permanece, assim, seguro para o futuro este legado, haverá quem o ordene, o torne acessível a todos os que o quiser investigar, resultando daí o seu conhecimento mais alargado e mais profundo.
Falando em nome próprio e no nome de De Rerum Natura, agradeço a todos os que tornaram possível esta partilha, em especial a Maria Andresen, filha de Sophia.
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20 comentários:
Apreciador da Poesia de Sophia de Mello Breyner, e da sua prosa, e, outrossim, da sua actividade como cidadã de esquerda, lúcida e honesta, dela guardo o seguinte princípio como bandeira do seu posicionamento cívico: "Acho que não se pode criar em nome do antifascismo um novo fascismo" ("Correspondência- Sophia de Mello Breyner/Jorge de Sena", Guerra e Paz, Editores SA, Lisboa 2006, pp.35-36). E todos nós estamos (ou devemos estar) recodados do perigo que correu Portugal saído de 25 de Abril em embarcar no social-fascismo.
"DIAS FELIZES"
Todos os dias deveriam ser
dias festivos para a Poesia
dado ser ela que permite ver
de um povo a interior fisionomia.
São Poetas como a órfica Sophia
que a alma nos levam a reconhecer
perfis morais que a gente não sabia
em nós haver e não se perceber.
Ninguém melhor que Régio, Torga ou ela
para nas linhas puras dos seus versos
nos revelarem novos universos.
Diariamente, pois, em cada estrela
se deveria pôr, envolto em louro,
de cada Poeta o nome escrito a ouro!
JOÃO DE CASTRO NUNES
Um sinónimo para a prosa poética de Sophia é encantamento. Todo o trabalho de Sophia dá sentido à humanidade. Bem hajam todos os que contribuíram para o tornar acessível às gerações actuais e vindouras.
E já agora, parece que na última entrevista que deu disse qualquer coisa como "Gostava que houvesse justiça social e o fosso entre ricos e pobres não fosse tão escandaloso. O resto pouco me interessa". Grande Senhora-poeta!!!
HR
HR
Por argilosa taça decorada
de báquicas figuras eleusinas
bebeu Sophia as águas cristalinas
da fonte de Castália, de passada:
e desde então seus versos têm o aroma
da Grécia antiga e da cesárea Roma!
JCN
Não foi por outra faceta
que Sophia se afirmou,
mas tão-só por ser Poeta
é que ela se consagrou!
JCN
Cursando filologia
após fazer o liceu,
a cultíssima Sophia
por vasos gregos bebeu!
JCN
Em termos de poesia
emparceirou com Orfeu,
com quem tem analogia
nos poemas que escreveu!
JCN
Para se ser um Poeta
não basta a sabedoria:
há que ter via directa
para a santa eucaristia!
JCN
JCN,
Os seus textos em forma de verso são chatos. Os meus normalmente têm pouco interesse, mas também a única intenção é mostrar a quem sabe escrever que é lido. Os seus pseudo versos são presunçosos e, repito, chatos. Não sei como ainda ninguém o convidou a mirar-se ao espelho.
HR
Seria bom definir
o que se entende por chato:
há quem chame caricato
ao que não pode atingir!
JCN
Para HR:
Pode crer vossemecê
que um elogio me fez
na atitude descortês
que assume quando me lê!
JCN
Diariamente me vejo
ao espelho em que me fio:
deste modo me cotejo
e meu talento avalio!
JCN
Há quem me tenha na conta
do maior poeta vivo:
isso não seja motivo
para vos tomar de ponta!
JCN
Cada vez que Deus deseja
castigar um ser humano
faz-lhe nascer no tutano
o sentimento da inveja!
JCN
A riminha é muito lindinha, mas continua a ser chato. Apesar de tudo parece feliz, continue, JCN, deus é grande e as suas linhas enchem o blogue, até dão a sensação de actividade de troca de ideias, apesar de os seus versinhos serem redundantes: é você um papagaio a treinar a arte de versejar? Já faria algum sentido
HR
Quem não tem capacidade
para sentir poesia
apenas doz tontaria
na sua boçalidade!
JCN
"Pseudo-versos", senhor!
é coisa 1ue não existe:
todo o langará consiste
em constatar seu teor!
JCN
Senhores Administradores do "De rerum natura":
Espero me reconheçam o direito de resposta à maneira descortês como chocarreiramento se me dirigiu, neste mesmo blogue, o senhor HR.
João de Castro Nunes
Repito, em letras capitais:
EM QUE FICAMOS?...
JCN
Com o "apito" metido na gaveta, assim termina este desaquisado conforme começou: estupidamente! JCN
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