quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Crónicas do Condestável de Portugal

D. NUNO ÁLVARES PEREIRA

Crónicas do Condestável de Portugal

de Academia Portuguesa da História

Edição Fac-similada do texto preparado em 1972 por António Machado de Faria


É uma das novidades que a editora QuidNovi apresenta este mês (disponível a partir do dia 20), novamente a aposta na História de Portugal e, sobretudo, numa publicação esgotada há já demasiado tempo.

Fica, aqui, um pequeno excerto do prefácio assinado pela Prof.ª Manuela Mendonça, Presidente da Academia Portuguesa da História:

No ano de 1972 a Academia Portuguesa da História publicava, em edição preparada pelo Académico de Número, António Machado de Faria, a Crónica do Condestável de Portugal D. Nuno Álvares Pereira. Tratava-se da sexta publicação de um texto que se vira impresso, pela primeira vez, em 1526. Seguira-se nova impressão em 1554, depois em 1623 e em 1644. No século XX, em 1911, apareceria uma única publicação do texto quatrocentista, se exceptuarmos a de 1937 que António Machado de Faria não considerou “visto ela não ser integral, mas adaptação de texto antigo feita pelo Dr. Jaime Cortesão, com intuitos de a expandir, talvez entre a juventude”.

De há muito esgotadas todas as edições, o seu difícil acesso quase fez cair no esquecimento o texto que, na primeira metade do século XV, autor para nós anónimo dedicou à vida e feitos de Nuno Álvares Pereira.

A consagração do guerreiro português, que a Igreja Católica reconheceu como santo, canonizando-o em 26 de Abril de 2009, fez voltar à memória, para uns de modo negativo, para outros positivo, o labor de um herói que ficou para sempre associado à crise da independência portuguesa, entre 1383 e 1385, e à vitória da dinastia de Avis, iniciada por D. João I. Essa circunstância levou a Academia Portuguesa da História, em colaboração com a editora QuidNovi, a decidir oferecer ao grande público, em edição fac-similada, o texto preparado em 1972 por António Machado de Faria.

É, pois, nosso objectivo divulgar a obra que registou, pouco depois da sua morte, a vida de Nuno Álvares Pereira, escrita por alguém que de muito perto o conheceu e, porventura admirador e devoto do seu personagem, lhe enalteceu feitos e virtudes. Para que só esse aspecto se conheça da vida deste nobre? Não! Para que possamos perceber como o Homem se assumiu em integridade na sociedade em que estava inserido, fruto e agente de uma mentalidade, na sua relação social económica e política com os outros e com o poder. Porque é preciso não esquecer que Nuno Álvares Pereira foi, antes de tudo, um homem do seu tempo. E é à luz desse tempo que o devemos conhecer.

5 comentários:

Anónimo disse...

Não é preciso ser crente
para se revonhecer
que santo se pode ser
mesmo sendo-se valente!

JCN

Anónimo disse...

No 2º verso corrijo a gralha "revonhecer" por "reconhecer". JCN

Anónimo disse...

Será que é um crime ou atentado à ciência... reconhecer a santidade do condestável? JCN

Anónimo disse...

Não precisa o condestável
da nossa autorização
para a sua elevação
à santidade... inegável!

JCN

Anónimo disse...

Enquanto os castelhanos se lembrarem
dessa notabilíssima derrota,
longe estarão, por certo, de pensarem
em nova e malfadada Aljubarrota!

JCN

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