EDITAL recebido da editora Antígona, sobre a reedição de uma obra de Tomás da Fonseca:
A editora Antígona informa que vai começar a publicar as obras de Tomás da Fonseca (1877-1968), famoso iconoclasta, que viu alguns dos seus livros proibidos durante o Estado Novo.
Autor de uma vasta obra, nenhum dos seus títulos foi editado nos últimos cinquenta anos.
A Antígona sairá, já em Setembro, com O Santo Condestável – Alegações do Cardeal Diabo, que reproduz uma conferência realizada na Universidade Livre de Coimbra, em 1932, de onde o autor foi obrigado a sair escoltado, não tendo terminado a sua comunicação.
Num ano (2009) em que Nun’Álvares foi oficialmente canonizado, fica o eco das palavras de Tomás da Fonseca: «Nossa Senhora terá vergonha de ter ao seu lado um militar-santo com as mãos sujas de sangue.»
Seguir-se-á a publicação, em Outubro, de Na Cova dos Leões, o livro mais anticlerical de sempre, que desmonta e denuncia a grande e espectacular mentira de Fátima, humilhando a Igreja e a padralhada em geral.
Disto ficam os críticos e os leitores avisados.
Luís Oliveira (editor da Antígona)
quinta-feira, 9 de julho de 2009
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3 comentários:
A afirmação de que Nuno Alvares tinha as mãos sujas de sangue é tão pateta como dizer que Churchil também as tinha porque fez a 2ª guerra mundial. Nuno Alvares não sujou as mãos de sangue. Combateu por uma causa revolucionária e inédita à época. O direito de um povo ser nação. Admira-me que a esquerda tão ciosa das independências das colónias, e com Ches nas tshirts não veja em Nuno Alvares um revolucionário.
Quanto a Fátima, acredite-se ou não, dizer que aquilo é invenção de uma igreja muito perseguida e de mãos e pés atados à altura é da mesma ordem que dizer que o homem não foi à lua. Não sei o que aconteceu em Fátima, o que sei é que três crianças pediram ao povo que lá fosse a 13 de Outubro porque um sinal aconteceria. E o povo, alguns insuspeitos, como jornalistas e professores de Coimbra, viram qualquer coisa que não conseguiram explicar. Como é que as crianças adivinharam que tal aconteceria e que o povo o veria? É a pergunta que um espírito científico deve fazer. O resto é especulação barata para ganhar dinheiro à custa disso!
Excelentes notícias para quem, como eu, perdeu na guerra colonial os seus livros.
Os herdeiros têm-se oposto à publicação da sua obra.
Bons ventos editoriais. Tomás da Fonseca contava que Guerra Junqueiro lhe dissera:
«Ó Tomás, os padres com a barriga cheia tanto lhes faz que as pessoas da santíssima trindade sejam 3 ou 300».
Uma das melhores notícias para a cultura portuguesa em muitos anos.
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