"Eu não sou sindicalizada e discordo muitas vezes dos
sindicatos. A ideia de que estou a ser manipulada pelos sindicatos é
ofensiva. Quero também referir que fiquei contente com a nomeação do
ministro Nuno Crato por admirar a qualidade do seu trabalho. Mas há
limites para a humilhação. Faço greve porque respeito os meus alunos e preciso de ter condições para ensiná-los condignamente." Vale a pena ler tudo aqui.
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7 comentários:
Cara Dr.a Sara,
Já pensou mudar de vida? Com tantos estudos isso até nem devia ser difícil. Ou será que na realidade se não tiver emprego como professora só lhe sobra a alternativa do call center, da caixa do supermercado, ou do McDonalds; onde há neste momentos pessoas a trabalhar com as suas qualificações - ou até melhores - e que não se importavam nada, mas mesmo nada, de ficar com aquilo em que a Sr.a Dr.a cospe.
Quem é a Sr.a, e os seus colegas, para exigirem que os contribuintes lhe paguem, um ordenado, muito acima daquilo que o seu trabalho vale? Pela mesma lógica porque é que não pagamos o dobro ao pessoal auxiliar?
Gostava de ganhar mais e fazer menos? Eu também! gostava de andar de Ferrari, ter uma casa com piscina e vistas para o mar... Mas não tenho, e ainda tenho de suportar professores que se acham com direitos antes de cumprirem os deveres.
Acha mesmo que está mal? Sabe quanto é que ganha um professor universitário na China? Na Índia? No Paquistão? E sabe que a população chinesa com um QI de génio é superior à população dos EUA? Percebe o que isso significa? Tem um QI de génio? E não vale a pena dizer mal da China: são eles que ainda têm dinheiro para meter cá no burgo, e assim irmos mantendo o status quo dos professores.
No fundo, o ministério da Educação é um dos muitos rostos do mesmo problema português, cuja expressão máxima se atinge no dia das eleições autárquicas, onde se elegem mais de 62.000 políticos para nos "governarem"… Como se imagina: tantos quantos os necessários para governar metrópoles com 10.000.000 de habitantes por esse mundo fora. E nos 62.000 não estão incluídos os sindicalistas, os deputados na AR, e a legião de assessores e consultores que por aí há…
Atenciosamente
Corrijo: 60.750 representantes do povo nas autárquicas.
Contas feitas por uma alma caridosa apresentadas distrito a distrito aqui:
http://oportugalbipolar.blogspot.pt/2013/02/reestruturacao-do-estado-onde-cortar-4.html
e aqui para uma pequena rectificação:
http://oportugalbipolar.blogspot.pt/2013/02/total-de-distritos-erro-de-049-faltava.html
Querida colega Sara,
Antes de ir ler o resto, queria dizer-lhe que caem lágrimas dos meus olhos. Hoje não fui à escola e não tenho mão na dor que sinto. Mas, pelos mesmos motivos, amanhã voltava a não ir.
Um muito bem haja do fundo da alma.
Caro anónimo: fala do que não sabe e sem mostrar a cara, ao contrário dos professores, que dão sempre a cara (e tudo o que têm) pelos seus alunos. A Sara colocou na Internet um texto bem escrito, inteligente e bem justificado, ao contrário do seu, confuso e contraditório (a Sara disse que queria ganhar mais, ela que até perdeu cerca de 20% do seu salário nos últimos 8 anos...?!?). Pare de dizer baboseiras e vá servir de controleiro para outro lado qualquer, aqui discute-se com inteligência e com factos, não com preconceitos ou meias verdades.
Desidério, Desidério, por que você não responde aos meus pedidos de comentários sobre Fiolhais. Já nem você?? Então leia aquela do Porra! Consegue ficar calado? Se sim, tem mesmo muita lata.
Não dou a cara mas roubam-me a carteira, todos os meses, para lhe pagar o ordenado, e aí já o Sr. não se faz esquisito com o meu anonimato - bastam-lhe as notas (não são as dos testes e exames, são mesmo as do BCE)...
Quer uma resposta mais "intiligente"? aqui vai então.
A Sara anda há 20 anos a dar aulas e precisa de tempo para preparar as aulas. Pois bem fixemo-nos no livro de Ciências Físico-Químicas do 8.º ano "Universo da Matéria". Entre texto, bonecos, ecotretas, lugares comuns e até física e química, são 224 páginas excluindo a capa e contracapa. Um licenciado (daqueles que não tirou o curso na farinha amparo) em química ou física, ou engenharia, ou matemática, precisa de tempo, ao fim de meia dúzia de dias sequer (!!!) para preparar aulas?!?!?!?!... Só se for para preparar pantominas para fazer aos meninos... mas reconheço o estilo: faz-me lembrar uma professora de matemática, justamente do 8º e do 10º ano, que passou o ano a dizer aos meus filhos que o zero não é par e é um número positivo... Pois, só lhe falta ganhar a Fields.
O que aqui se evidencia é uma enorme, enormíssima falta de produtividade e capacidade!!! E a Sr.a e os Sr.s Professores não se arrumam, e a gente é que paga! No sítio onde tirei um curso (no Estado já agora) tive professores que demoravam 2 meses a corrigir testes, e também os havia que o faziam de um dia para o outro. Sem surpresas, as correcções com menos erros eram as dos segundos!...
Está a imaginar um Juiz a dizer que precisa de tempo para preparar um processo constituído por uns milhares de páginas? (coisa corrente ao que uns amigos me asseguram) E quantos julgamentos é que ele faz por ano? Zero (e agora não interessa se é par ou positivo).
No entanto concedo uma coisa: a culpa não é só dos professores. O problema tem origem num mito criado pelos políticos que nos (des)governam: somos todos inteligentes e capazes de tirar um curso e ser doutores. É curioso que num país em que o tolerante Zé não põe em causa que um tipo que dá uns bons pontapés numa esfera, pode ganhar milhões porque é especial e há poucos a saber dar pontapés, é absolutamente fundamentalista e não aceita que nem todos têm matéria-prima para ser doutores.
Quanto ao sermos todos "intiligentes" não restam dúvidas: a prova está no 1.500.000.000,00 euros (leu mesmo bem!! à esquerda da vírgula estão 8 zeros!) que se enterraram no Novas Oportunidades, com os resultados que se sabem...
Por isso não perca tempo a responder-me. Use-o para corrigir exames e preparar as aulas. Já agora: também estou farto de perder dinheiro, pagar mais impostos, e como estou no privado - aquele sector que alimenta em regime de exclusividade o desemprego - também me foram ao subsídio de férias e de natal, e o Tribunal Constitucional esteve-se, e está-se(!), a .../... (reticências para não usar calão!) para isso.
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