Ao arrumar uma minha estante, encontro o livro "Planetário e Zoo dos Homens" Presença, 1990) de António Osório (Setúbal, 1933). Transcrevo três poemas de inspiração científica:
AQUELE PONTO
Ao lado esquerdo
na sua galáxia
aquele ponto
quase microscópico
que voa
e a que chamaram Terra
COMETA
Caminhada
fulminante
de cauda de pavão,
ressurge
o cometa de Donati
Porque não volta
também Donati?
UMA ESTRELA VULGAR
Fornalha nuclear
de erupções, plasma,
vento, rudes
explosões de hidrogénio:
deus
marcado por estigmas
- essas pequenas e negras
mancjhas solares.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
UM TIPO DE CENSURA DE LIVROS AINDA SEM DESIGNAÇÃO
Não sabemos ao certo, mas podemos colocar a hipótese, muito plausível, de a censura da expressão humana, nas suas mais diversas concretizaçõ...

-
Perguntaram-me da revista Visão Júnior: "Porque é que o lume é azul? Gostava mesmo de saber porque, quando a minha mãe está a cozinh...
-
Não Entres Docilmente Nessa Noite Escura de Dylan Thomas (tradução de Fernando Guimarães) Não entres docilmente nessa noite seren...
2 comentários:
Já conhecia alguns poemas do autor mas não estes.
Obrigada pela partilha
Regina Gouveia
Tão bonito! tão bonito dizer da Terra "aquele ponto". Onde existimos, em brevidade de poeira que mal se ergue logo morre.
Também desconhecia António Osório. Obrigada.
Enviar um comentário