Resumo da minha intervenção no Congresso Nacional da Associação Portuiguesa de Nutricionistas, que acaba de ser publicado na Revista "Nutrícias":
Depois da sequenciação o genoma humano, completada em
2003, a decifração do genoma humano por menos de mil dólares era uma das
metas mais perseguidas pela biomedicina. Previa-se para 2014 mas, no início
deste ano, o bioquímico norte-americano Jonathan Rothberg apresentou uma nova
máquina que cumpre essa meta A sequenciação de um genoma passou não apenas a
ser mais barata como mais rápida. Com os preços agora anunciados, a
sequenciação fica ao alcance de mais bolsas. E já se fala em máquinas que
poderão fazer sequenciações por menos de cem dólares.
Para que serve a sequenciação do genoma? Cada um de nós distingue-se pelo ADN, uma molécula no núcleo de cada uma das nossas células. Somos todos iguais, pois o genoma humano é quase todo igual, mas somos todos diferentes, pois as alterações individuais, apesar de poucas, são significativas. Algumas doenças e a predisposição para muitas outras estão nos genes. O conhecimento científico está a aumentar neste domínio de tal modo que é necessário criar “interfaces” de uso fácil pelos médicos e outros profisissionais de saúde que possibilitem a interpretação dos dados do genoma. Conhecendo o perfil genético de cada pessoa, os médicos poderão, além de efectuar diagnósticos mais precisos, prescrever medicamentos à medida do paciente, praticando o que se chama medicina personalizada. Os nutricionistas poderão, se houver, como se prevê, progressos na relação entre genes e alimentos (nutrigenómica), recomendar dietas mais adequadas. Por outro lado, o tratamento estatístico dos dados anonimizados permitirá às empresas farmacêuticas e alimentares conhecer melhor o perfil de populações e fabricar produtos melhores para elas. O próprio poderá, conhecido o seu perfil genético, mudar o seu estilo de vida. É todo um mundo novo que se anuncia com a revolução em curso que, bem aproveitada, conduzirá a melhor saúde.
Um relatório de uma comissão nomeada pela Câmara dos Lordes britânica recomenda a introdução de testes genéticos no Sistema de Saúde Inglês, o que implica a construção de uma plataforma informática que dê todas as garantias de segurança para armazenamento do genoma dos utentes. Entre nós, um projecto da responsabilidade de um consórcio formado pela Critical Software, pelo Biocant e a Universidade de Coimbra foi anunciado em Novembro de 2011. O nosso futuro reside, de certo modo, nos genes, sendo por isso necessário que, em Portugal, não só acompanhemos os enormes progressos que a genética e a epigenética estão a realizar à escala mundial como passemos esses progressos para a prática.
Para que serve a sequenciação do genoma? Cada um de nós distingue-se pelo ADN, uma molécula no núcleo de cada uma das nossas células. Somos todos iguais, pois o genoma humano é quase todo igual, mas somos todos diferentes, pois as alterações individuais, apesar de poucas, são significativas. Algumas doenças e a predisposição para muitas outras estão nos genes. O conhecimento científico está a aumentar neste domínio de tal modo que é necessário criar “interfaces” de uso fácil pelos médicos e outros profisissionais de saúde que possibilitem a interpretação dos dados do genoma. Conhecendo o perfil genético de cada pessoa, os médicos poderão, além de efectuar diagnósticos mais precisos, prescrever medicamentos à medida do paciente, praticando o que se chama medicina personalizada. Os nutricionistas poderão, se houver, como se prevê, progressos na relação entre genes e alimentos (nutrigenómica), recomendar dietas mais adequadas. Por outro lado, o tratamento estatístico dos dados anonimizados permitirá às empresas farmacêuticas e alimentares conhecer melhor o perfil de populações e fabricar produtos melhores para elas. O próprio poderá, conhecido o seu perfil genético, mudar o seu estilo de vida. É todo um mundo novo que se anuncia com a revolução em curso que, bem aproveitada, conduzirá a melhor saúde.
Um relatório de uma comissão nomeada pela Câmara dos Lordes britânica recomenda a introdução de testes genéticos no Sistema de Saúde Inglês, o que implica a construção de uma plataforma informática que dê todas as garantias de segurança para armazenamento do genoma dos utentes. Entre nós, um projecto da responsabilidade de um consórcio formado pela Critical Software, pelo Biocant e a Universidade de Coimbra foi anunciado em Novembro de 2011. O nosso futuro reside, de certo modo, nos genes, sendo por isso necessário que, em Portugal, não só acompanhemos os enormes progressos que a genética e a epigenética estão a realizar à escala mundial como passemos esses progressos para a prática.
1 comentário:
A genética não nos trará a solução dos nossos problemas, antes será a nossa prisão. O "bluff" da guerra atómica ficou para trás, a ameaça é agora o terrorismo e a agressão genética sem "bluff". Eis as novas armas de destruição maciça, estaremos realmente preparadas para elas, emocional e mentalmente?
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