quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
MARIA DE SOUSA AO JL
Maria de Sousa, a bióloga que ganhou o Prémio Universidade de Coimbra 2011, declarou numa recente entrevista ao JL (a Maria Leonor Nunes e Luís Ricardo Duarte):
"JL- A Ciência não está separada da Literatura?
MA- Nem pode estar. Se temos uma aproximação ao mundo com alguma profunsdidade e sensibiklidade, sabe-se que o que vai durar são as palavras. E quem faz ciência, sabe que o quie faz é transitório. E há alguma sede de perdurar. Só se sabe o que não se sabe. Vai-se sabendo algumas coisas, mas podem durar ou não. Mas uma coisa que escrevemos fica.
(...) JL- A poesia pode "inspirar" a ciência?
MS- A melhor ciência é aquela que se aproxima da poesia.
JL- Em que sentido?
MS- Faz-se investigação para saber, por exemplo, por que razão o vinho está no copo, pequenas coisas que vão constituindo o edifício do conhecimento. E, de repente, chega um tipo como Einstein, que muda o mundo pela sua percepção de uma coisa. É uma criatividade tão forte que se aproximna de um ato poético. Aí fica como uma palavra, como um verso de Shakespeare."
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3 comentários:
E porque não... como um verso de Camões?! JCN
A leitura deste post levou-me a ler a entrevista integral, e vou levar este pequeno excerto para o nosso blogue, Voxnostra, pela pertinência do momento: estão a decorrer as correntes de escrita, um dos momentos de grande interacção entre os escritores e as escolas do nosso Concelho!
Para Shakespeare chegar
de Camões ao calcanhar
teria muito que andar
para a ele se igualar!
JCN
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