terça-feira, 6 de abril de 2010

Como nos tornámos humanos


Informação recebida do Museu de Ciência da Universidade de Coimbra:

Lançamento do livro
Como nos tornámos humanos
de Eugénia Cunha
Edição da Imprensa da Universidade de Coimbra
13 de Abril | 17H30
No Museu da Ciência da Universidade de Coimbra
Entrada Livre

Esta pergunta recorrente que se coloca desde sempre permanece um dos maiores desafios da ciência e leva-nos a uma fascinante viagem ao nosso interior e no tempo. O entendimento de onde viemos elucida também sobre para onde vamos. Há que recuar até há cerca de 7 milhões de anos para encontrar os mais prováveis candidatos a primeiros hominíneos. Desde eles até ao presente, passamos por uma cadeia impressionante de antepassados, que vamos colocando na nossa árvore evolutiva, densamente ramificada, mas da qual só conhecemos uma parte dos inquilinos. As peças do puzzle, que nos contam uma história, vão surgindo com as novas descobertas e com a reavaliação de outras. Mas não são só os fósseis que permitem reconstruir a nossa história natural. O acesso ao genoma levou-nos para uma nova era em que se procura identificar os genes e as alterações genéticas que nos tornaram únicos, não esquecendo porém que somos muito mais do que genes. A nossa singularidade remete-nos para o órgão mais complexo do universo, o nosso cérebro. A velha máxima “somos aquilo que comemos” continua válida e o aumento do nosso cérebro, um autêntico devorador energético, parece ter sido contrabalançado por uma concomitante redução do aparelho gastrointestinal. A incorporação de mais carne na dieta terá facilitado o crescimento cerebral. O bipedismo e a nossa linguagem têm também sido cruciais para termos chegado onde hoje estamos. A chave está no cruzamento de todos estes traços distintivos, dos genes a eles subjacentes e na sua correcta contextualização ecológica. Sabendo que a evolução não é gratuita e que só quando os benefícios de uma dada mudança evolutiva superam os custos é que o processo avança, é um desafio destrinçar as cada vez mais peças chave deste intrincado ser que somos.

2 comentários:

Anónimo disse...

Ironia à parte, desde quando é que efectivamente nos tornámos... humanos?! JCN

Anónimo disse...

Quantos mais fósseis aparecem, de tarde em tarde, mais confusa se vai tornando a nossa filiação genética. Uma baralhada! Só faltava o processo de Bolonha para, entre nós, tudo reduzir... ao "homo chapiens"! Fim da evolução! JCN

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