Ante-estreia da nova produção do grupo Thíasos.
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"Hipólito e Fedra nunca trocam uma palavra. Tal como Afrodite e Ártemis, no plano divino, se situam em esferas reciprocamente impenetráveis, Fedra e Hipólito, no plano humano, vivem um desencontro predeterminado de que ambos têm plena consciência: a tragédia de Fedra é que a aceitação voluntária dessa consciência (ou compreensão racional) de nada vale contra a loucura involuntária de, contra o mundo e contra si mesma, estar apaixonada pelo enteado. Por sua vez, e bem ao gosto do paralelismo antagónico típico destas primeiras peças conservadas de Eurípides, é aquilo que aparentemente falta a Fedra – a castidade – que destrói Hipólito. Como ele próprio diz da madrasta morta, “foi casta sem que nela houvesse castidade; e eu, que a tenho, não obtive dela o melhor proveito” (vv. 1034-1035) (Frederico Lourenço).
Dia 29 de Abril, às 21h30, no Teatro Paulo Quintela da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Dia 5 de Maio, às 21h30, no átrio exterior do Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra.
A entrada é livre.
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