Um génio matemático que ganhou o prémio de um milhão de dólares por demonstrar a conjectura de Poincaré (um problema matemático que permaneceu irresolúvel por mais de um século) irá demonstrar em Bruxelas que as medidas do PEC português são suficientes para reduzir o défice abaixo dos 3% até 2013. Perelman deverá começar por demonstrar que o défice português é topologicamente equivalente a um superavit orçamental. Tal como uma esfera pode adquirir a forma de uma bolacha (mas não de um donut) através de deformações graduais contínuas sem necessidade de qualquer corte, também as despesas e as receitas são equivalentes no orçamento português. A título de exemplo, basta uma mudança gradual contínua e os benefícios fiscais passam a aumentar a receita fiscal. Já a divida pública portuguesa é topologicamente equivalente a uma hiperesfera tridimensional, ou seja a uma forma com todos os seus pontos a igual distância do seu centro num espaço com quatro dimensões (o que deverá ser o suficiente para baralhar FMI, BCE, OCDE e SCP). Teixeira dos Santos também tentará convencer Perelman a fazer reverter o prémio de um milhão de dólares, que este manifestou intenção de recusar, para as receitas do Estado já em 2010.
David Marçal, no Inimigo Público
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