segunda-feira, 31 de julho de 2023

O INVESTIGADOR COMO "RECURSO" PARA A INVESTIGAÇÃO

A União Europeia acaba de publicar um documento com o título ResearchComp: Quadro Europeu de Competências para Investigadores. Trata-se de uma "ferramenta para avaliar e desenvolver as competências transferíveis dos investigadores e promover o desenvolvimento de carreiras". 

Limito-me a transcrever, abaixo, o que li na apresentação. Confesso não ter explorado as áreas de competência, as competências, os resultados de aprendizagem por níveis de proficiência... Tudo muito arrumado, estandardizado, previsto e, evidentemente, avaliável! Um perfil de investigador ou um perfil para delinear perfis! Vi, com algum espanto que "os investigadores são um recurso fundamental para a investigação", tal como os professores são um recurso fundamental para a educação. Um recurso, sublinho! Tirará o leitor as conclusões...

Este primeiro quadro de competências alinhado com a Classificação Europeia de Competências, Competências e Profissões (ESCO), ajuda (1) os investigadores a avaliarem e desenvolverem as suas próprias competências transversais; (2) as instituições de ensino superior e os prestadores de formação a adaptarem a sua oferta aos investigadores; (3) os empregadores a estarem cientes do vasto conjunto de competências dos investigadores 

A "ferramenta" foi desenvolvida pela Comissão Europeia em estreita consulta com as partes interessadas concretizando o novo Espaço Europeu da Investigação. Teve por base a taxonomia de competências transversais para investigadores incluída na versão 2022 da classificação. 

"Os investigadores, acrescenta-se, são um recurso fundamental para a investigação e a inovação e para a sociedade em geral. É importante que estejam dotados das competências transferíveis necessárias para carreiras eficazes e bem sucedidas em todos os setores relevantes da sociedade."

"O ResarchComp estabelece uma linguagem comum e um entendimento comum das competências transversais dos investigadores e pode ser utilizado, numa base voluntária, por uma variedade de partes interessadas. Os investigadores podem identificar as competências que podem promover carreiras interoperáveis em setores socioeconómicos relevantes e poderão avaliar quais as que já dominam e com que nível de proficiência, e quais merecem esforços adicionais, com benefícios claros para a sua carreira e empregabilidade."

"O "ResearchComp tem 3 dimensões principais7 áreas de competência (capacidades cognitivas, fazer investigação, gerir a investigação, gerir ferramentas de investigação, causar impacto, trabalhar com outros, autogestão) 38 competências, 389 resultados de aprendizagem ao longo de 4 níveis de proficiência (fundacional, intermédio, avançado, perito)."

"Cada competência é definida por um descritor e é desenvolvida com resultados para cada um dos níveis de proficiência. Não é sugerido que os investigadores adquiram o mais alto nível de proficiência para todas as 38 competências ou tenham a mesma proficiência em todas as competências. No entanto, os investigadores devem desenvolver competências em todos os sete domínios. A progressão entre níveis para as várias competências pode ser o resultado de cursos de formação específicos, formação no local de trabalho, aprendizagem entre pares, coaching e mentoria."

Sem comentários:

NOVOS CLÁSSICOS DIGITALIA

Os  Classica Digitalia  têm o gosto de anunciar 2  novas publicações  com chancela editorial da Imprensa da Universidade de Coimbra. Os volu...