como quer um velho provérbio Zen,
porquê, então, versos em desalinho,
como se a desordem fosse um éden?
É o obstáculo que cria o verso,
como o ar resistente lança o voo.
Não há como um obstáculo perverso,
para que o verso não sofra de enjoo.
O que resiste também propicia
e o obstáculo induz o engenho:
o que nasce da luta inicia
um universo com novo desenho.
No verso, a dificuldade promove
e ele, porque algemado, comove.
Eugénio Lisboa
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