Reporto-me a duas recentes informações
publicadas dias atrás , e quase em simultâneo, na “Sic Notícias",
A primeira informação dizia:
“Primeiro-ministro garante que não haverá austeridade depois da pandemia”.
A segunda, também pela voz
de António Costa, contradizia: “Não há garantias de não haver austeridade”.
No início desta declarada emergência, já estávamos nas mãos de duas alunas aplicadas deste Governo: a ministra da Saúde e a sua directora geral. Ambas
desvalorizando, inicialmente, o perigo do coronavírus, depois macambúzias perante a realidade dos factos e, finamente,
eufóricas na comunicação ontem feita ao país.
Por seu turno, António Costa, com o seu diz e desdiz. trouxe-me à memória o dito jocoso sobre a profissão
de economista, pese embora o respeito que tenho por esta profissão de exigentes
estudos universitários, quando não ao serviço de finalidades políticas obscuras. Assim, "economista é o indivíduo que anda metade do tempo a dizer o que vai
acontecer e outra metade a explicar porque não aconteceu!"
Bem eu sei que para
justificar as comemorações abrilinas, em risco de perderem o viço das folhas primaveris, ou mesmo caírem no olvido, havia que fazê-lo, com pompa e circunstância, na Assembleia da República com a presença e chancela do Presidente da
República, do governo do PS e da maioria dos seus “compagnons de route” parlamentar, com a honrosa excepção
do CDS!
Comemorações festejadas no próximo dia 25
deste dolorido mês de Abril, com um
copo de água de noivado de gente nova-rica ou abastada, servido aos
parlamentares e seus convidados confinados num ambiente fechado, em período de crise
económica declarada,
pago com o dinheiro dos impostos daqueles que a eles não podem fugir, ou não
fogem por dever de cidadania. Razão teve Peter Vries: “Os ricos não são
como nós, pagam menos impostos!”
Entretanto, o
PC anuncia, para meia dúzia de dias depois, festividades de rua no
“Dia do Trabalhador”, previsivelmente, com canções revolucionárias
gritadas a uma só voz para abafar as
lágrimas dos que choram os seus entes queridos mortos ou em perigo de vida
porque infectados com o coronavírus.
Facto pouco ou nada de estranhar, se nos ativermos a este princípio de Estaline: “A morte de um homem é uma tragédia; a morte de um
milhão uma estatística”. Infelizmente, sem ser por motivo de genocídio político, é com a estatística de mortes causada por uma pandemia com que a humanidade se defronta hoje por doença altamente
contagiosa.
Deste modo, voltámos ao
tempo do Estado Novo, e das suas comemorações do dia “28 de Maio” tão criticadas pela esquerda e hoje
exaltadas por essa mesma esquerda, no que se refere a um outro dia
do mês de Maio.
Há quem diga que a história
não se repete, repete-se embora de forma adaptada às suas circunstâncias!
2 comentários:
Acabo de ler na Net, uma advertência , de Marta Temido, a temer que um acção impensada pode fazer perder tudo o conseguido até aqui no combate à pandemia. Conselho avisado, que exigia a coerência de não haver manifestações de 25 de Abril, e havendo ela não estar presente. "Quem te avisa teu amigo é", na "vox populi". Mesmo sem amizade, é uma questão de humanismo cristão de amor ao próximo.
Perante a contestação generalizada às festividades de 25 de Abril, tarde e a más horas, o presidente da Associação 25 de Abril, Vasco Lourenço, em notícia televisiva de hoje, discorda do número elevado de convidados. Reforço, tarde e a más horas!
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