Informação recebida da Imprensa da Universidade de Coimbra:
A
Imprensa da Universidade de Coimbra (IUC) está a migrar as suas
publicações para uma nova plataforma, razão pela qual não têm sido
anunciados livros nos últimos tempos. A nova plataforma deve ser lançada
dentro de algumas semanas, mas, para não prejudicar autores e leitores,
as obras entretanto publicadas serão disponibilizadas através da
plataforma de gestão editorial, mantendo toda as características da
publicação final.
Desta forma, os Classica Digitalia têm o gosto de anunciar 2 novas publicações com chancela editorial da IUC. Os volumes dos Classica Digitalia são editados em formato tradicional de papel e também na biblioteca digital, em acesso aberto.
Além
do usual circuito de distribuição da IUC, a versão impressa das novas
publicações encontra-se disponível em todas as lojas Amazon.
NOVIDADES EDITORIAIS
Série “Autores Gregos e Latinos” [textos]
- Maria de Fátima Silva & José Luís Brandão, Plutarco. Vidas Paralelas – Alexandre e César. Tradução do grego, introdução e comentário (Coimbra, Imprensa da Universidade de Coimbra, 2019). 348 p.
[Alexandre
da Macedónia merece a Plutarco a atenção devida a um génio da arte
militar e da diplomacia na consolidação do poder. Num trajeto de vida
que pouco ultrapassou os 30 anos, o jovem rei macedónio alterou o mapa
político e cultural da época: colocou território europeu, africano e
asiático sob a sua autoridade, promoveu uma globalização intercultural
de modo a unificar um xadrez de povos dentro das fronteiras de um enorme
império, deslocou o centro intelectual do mundo, de Atenas, para outras
cidades do Oriente. Não sem que uma ambição crescente e desmesurada
tivesse vindo, por fim, pôr em causa o sucesso de um projeto e a própria
vida do seu autor. Ao emparelhar César com Alexandre, Plutarco põe em
relevo a fama de grande conquistador, o aspeto da personalidade que o
biógrafo mais admira neste estadista romano. Mas a ambição (philotimia)
que reiteradamente move César representa o lado negro que o conduzirá à
morte, antes que ele possa colher os frutos dos seu afã. Embora não
transforme cabalmente César num tirano cruel, esta Vida ilustra, contudo, uma crítica à ambição exacerbada e irracional de poder.]
Série “DIAITA- Scripta & Realia” [textos]
- Joaquim Pinheiro, Plutarco. Sobre comer carne (Coimbra, Imprensa da Universidade de Coimbra, 2019). 55 p.
[O tratado De esu carnium (‘Sobre comer carne’) chegou-nos na forma de dois logoi, com múltiplas lacunas, sobretudo o segundo logos.
Recuperando temáticas já desenvolvidas pela doutrina pitagórica, por
Xenócrates, por Teofrasto ou pelos Estóicos, Plutarco argumenta sobre a
natureza dos seres vivos, no âmbito da relação entre homem e animal. À
semelhança de outros tratados do corpus plutarcheum, como Bruta animalia ratione uti (‘Os animais são racionais’), mais conhecido por Gryllus (‘Grilo’), ou o De sollertia animalium
(‘Sobre a inteligência dos animais’), a narrativa desenvolve-se em
torno de questões relacionadas com a natureza e a psicologia dos
animais, como a possibilidade de existir virtude e razão entre os
animais, defendendo Plutarco a philanthropia e a generosidade com
que se deve tratar todos os seres vivos, opondo-se, dessa forma, ao
simples utilitarismo ou ao problemático princípio da necessidade. Sendo
um dos tratados zoológicos, o De esu carnium é também um texto de
caráter retórico pelo facto de Plutarco construir, por oposição aos
Estóicos, uma teoria argumentativa que sustenta a ideia de que comer
carne é para physin (‘contra a natureza’).]
Delfim Leão
(Classica Digitalia)
(Classica Digitalia)
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