sábado, 11 de abril de 2020

TOADA AFRICANA, COM HEPTASSÍLABOS EM FORMA DE ESCUDO

Do meu querido amigo, Eugénio Lisboa, académico e crítico literário, recebi estes versos que publico com muito gosto:

Ao João Filipe Bugalho.

Há já muitos, muitos anos,
onde o espaço era imenso,
naqueles meridianos,
onde o sol era intenso,
naqueles anos, dizia,
em que a vida era doce
e o amor florescia,
por mais dura que fosse
a luta do dia a dia,
era ali que acontecia,
que tudo se dilatava,
que o tamanho aumentava
de tudo o que era bom,
que assim nos sustentava,
naquela imensa baía,
ouvindo, do mar, o som!
Tendo assim experimentado
o sabor do paraíso,
já não é, digo eu, preciso
temer o assalto tentado
pela peste que nos tenta:
ter vivido nos alenta!
O passado sempre conta
quando o vírus já desponta".

Eugénio Lisboa

5 comentários:

Criação disse...

Damos sempre a conhecer o que já conhecemos e sabemos que é válido por e para todos.

Faça um poema novo, Professor Rui. Coragem!

Corte disse...

A morte é.
A morte é um.
A morte é um céu
descido
à Terra.
À terra
descido é.
Um.
Um céu imenso.

F.C.

Rui Baptista disse...

Este belíssimo poema não é da minha autoria, mas do meu estimado amigo Eugénio Lisboa que mo enviou e eu me senti muito honrado em ter servido de mensageiro. O seu a seu dono!

Rui Baptista disse...


De Eugénio Lisboa, recebi este comentário de que me faço mensageiro com enorme gosta.

Assim: "Agradeço a simpatia da sua leitura. Mesmo atribuindo a autoria do meu poema ao meu amigo Rui Baptista, sinto-me tocado. Aliás, a autoria pouco interessa, o importante é que o poema faça o seu caminho, nestes dias difíceis de uma peste que nos cerca".

Já tenho em meu poder um outro poema deste autor para publicar.

Rui Baptista disse...

Grato pelos seus versos que apreciei.

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