sábado, 30 de novembro de 2019

Fisiologistas do Exercício (4)

Para se não pensar ser eu oportunista, aprestado em me intrometer num temática desconhecida para mim, como prova de que assim não é, trago à colação um livro da  minha autoria: “Educação Física – Ciência ao Serviço da Saúde Pública” (edição da Sociedade de Estudos de Moçambique”, Lourenço Marques, 1973).

Passado pouco tempo, fui nomeado vice-presidente da direcção e da secção de ciências, desta prestigiada associação científica/cultural, “Palmas de Ouro” da “Academia de Ciências de Lisboa”.

No livro supracitado relato o facto do Dr. Augusto Tito de Morais, médico-investigador do Instituto de Investigação Médica de Moçambique, bom amigo, falecido décadas atrás, ter-me dito ser sua intenção promover uma série de conferências, na Associação de Naturais de Moçambique, sobre Educação Física, para abanar as frágeis colunas da Educação Física do monumental Templo do Futebol, fins da década de 50. Foi Tito de Morais, obviamente, primeiro orador seguindo-se-lhe eu e depois o meu colega Dr.João Boaventura (este aquando da sua vinda para Portugal, passados tempos, foi nomeado subdirector da Direcção-Geral dos Desportos).

Confessou-me Tito de Morais, com maganice: “Sabes? Pretendi pôr-vos a vocês, professores de Educação Física, à bulha para agitar a pasmaceira da terra!”

Passados tempos, João Boaventura, homem de grande cultura no âmbito as humanidades, foi apresentador da minha conferência proferida no salão nobre da Sociedade de Estudos tendo-se referido, generosamente, á minha pessoa do seguinte modo:

“É velho e corrente o conceito de que o apresentador valoriza o conferencista por fazer as vezes de padrinho junto da pia baptismal. No caso, pelo contrário, é a conferência que empresta valor ao autor da apresentação, pois considero que a apresentação deveria, em paradoxal consequência, operar-se no fim da conferência. Quem recomenda o apresentador é o apresentado.

O meu Colega e Amigo Rui Baptista quis dar ao meu nome a honra de acompanhá-lo nesta conferência, indevida e desnecessariamente, tanto o seu nome é sobejamente conhecido, quer como orador, quer como polemista, quer claro está, como professor de Educação Física, cabendo aqui destacar a sua autoridade no campo da ginástica de recuperação, a qual, atravessando fronteiras projectou o seu nome para a vizinha África do Sul.

Ao lado e à sombra do nome do Dr. Rui Baptista, eu fico como assistente fraterno que serve ao estímulo da luta com a força solidária do coração. Só por um acaso sentimental é que eu estou, portanto, aqui. E por uma fatalidade auspiciosa para os presentes, aqui não está a apresentação do conferencista. Quem a fará é o próprio apresentado através da sua conferência. E por ela se verá como o meu arrimo seria uma pálida sombra da realidade”.

Nessa minha conferência editada em livro pela Sociedade de Estudos de Moçambique, desenvolvi as seguintes temáticas:

     1. A Educação Física (EF) e a função osteoarticular.

     2. A EF e a função circulatória.

     3. A EF e a função respiratória.

     4. A EF e a função do sistema nervoso.

     5. A EF e a toxicomania.

     6. A EF e o metabolismo.

     7. A EF e a Medicina Desportiva.

No final enunciei estas conclusões, no que respeita aos benefícios que a Educação Física pode aportar à Saúde Pública:

Manutenção e melhoria de uma correcta postura da coluna vertebral.

Estimulação do crescimento do sistema ósseo e  prevenção da  osteoporose.

Melhoria da função ósteo-articular pelo aumento da respectiva mobilidade e fortalecimento dos ligamentos

Prevenção e tratamento de discopatias.

Aumento da espessura das fibras musculares estriadas e, como tal, da força.

Fortalecimento do sistema respiratório no tratamento de asma, bronquiectasia, etc.

Contributo para o relaxamento físico   e consequente combate ao “stress”, provocado pelo agitar do dos nossos dias.

Regulação do peso corporal coadjuvado por uma correcta alimentação.

Combate ao uso drogas por a prática desportiva afastar os jovens do respectivo consumo     [infelizmente princípio contrariado hoje no desporto de alta competição e na prática de musculação/culturismo  em que o desejo de crescimento monstruoso e rápido dos músculos se tornou prática corrente ao serviço de criminosos vendilhões do templo de um rendoso comércio de anabolizantes [em meteórica expansão nos dias de hoje].

Retardamento do processo de envelhecimento pela exercitação das funções orgânicas

Aumento do tempo médio de vida por diminuição de doenças

Se o “homo sapiens” continuar em empenhar-se no seu próprio aniquilamento não sobreviverá por muito mais tempo ao destino implacável da sua degenerescência e diminuição da sua capacidade de pensar e agir [repare o leitor que esta minha “profecia” - como disse Mark Twain,  com o espírito que o caracterizava,“ a profecia é algo muito difícil especialmente em relação futuro”- assume hoje preocupações de natureza científica que alertam para o perigo iminente do fim do próprio planeta que nos serve de casa!

Por ser mais importante para um currículo de vida a maneira como se fez do que daquilo que se faz, dou conta dessa minha conferência, transcrita em vários artigos  de  jornal,  devido à sua extensão:

“Temos hoje oportunidade de passar a divulgar o texto da notável conferência proferida pelo dr. Rui Baptista, no passado 16 de Agosto, na sede da Sociedade Estudos de Moçambique, em Lourenço Marques.

Nome sobejamente conhecido nos meios desportivos, com maior incidência na Educação Física, o Prof. Rui Baptista dispensa qualquer apresentação.

O texto  completo que hoje começamos a publicar reflecte bem os conhecimentos profundos que o seu autor tem sobe a problemática da Educação Física no Estado Português de Moçambique, assim como no nosso País (“Diário”, de Lourenço  Marques, 26.9.72)".

Com este "modus operandi" descritivo verbal e escrito em letra de forma, tentei cumprir o relato de uma parcela do meu destino de comunicador  em modestíssimo contributo de que dou conta apoiado nos ombros daqueles que nele divisaram algum mérito que eu desejaria ter cumprido no seu todo  

IMPACTO DA TECNOLOGIA NAS CRIANÇAS

Como se sabe, a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) tem assumido, desde finais do passado século, com poder manifestamente crescente, uma função crucial na educação escolar, que não é originalmente a sua, pelo menos de um modo declarado: orientar e recomendar políticas e medidas para os diversos sistemas educativos. Políticas e medidas que os países tendem a seguir de um modo muito próximo. 

Alegando que o mundo é tecnológico e que precisamos de nos adaptar a ele, uma das suas orientações/ recomendações mais destacada é a de introdução das novas tecnologias na escola, com a intenção de melhorar o sucesso (um certo sucesso) na aprendizagem.

Assim é de destacar um estudo de meta-análise que esta organização publicou no seu sítio online Education Working Papers sobre o impacto do uso das tecnologias nas crianças (ver aqui). Eis o essencial do resumo apresentado:
As crianças do século 21 são ávidas usuárias de tecnologia. Esta evidência polarizou a atenção dos investigadores sobre as consequências que isso tem no seu desenvolvimento sócio-emocional, cognitivo e físico. O estudo resume o que é claramente demonstrado na literatura da especialidade, destacando em que sectores é necessário incentivar a investigação.

APRESENTAÇÃO DE "DIÁLOGOS COM CIÊNCIA" DE ANTÓNIO PIEDADE


Com a devida vénia e agradecimento, transcrevo a seguir o texto da apresentação que a professora Carla Fernandes fez do meu livro "Diálogos com Ciência", aquando do seu lançamento no passado dia 28 de Novembro de 2019, na livraria Bertrand, no Alma Shopping, em Coimbra.

“Diálogos com Ciência”, a obra da autoria de António Piedade, bioquímico, investigador e comunicador de ciência, não é uma novidade, mas antes uma retoma a que a editora “Trinta por uma Linha” deu uma nova e feliz roupagem.
De entre os escritos publicados pelo autor, estes revelam, com particular acuidade, a intenção de conferir uma missão especial aos que se dedicam à investigação: tornar a Ciência acessível a todos, em particular aos mais jovens.
Podemos interrogar-nos para que serve a ciência se não for aplicada em contexto e/ou se não contribuir para a evolução dos saberes do vulgar ser humano. Do ponto de vista epistemológico, este é um aspeto que se discute há muito. De facto, a ciência e a tecnologia são frutos da cultura moderna e pós-moderna que decorrem da investigação praticada nos centros de produção do saber, normalmente situada sob a chancela do meio universitário. Contudo, a forma como as descobertas científicas são divulgadas é uma questão premente, considerando que a maioria dos artigos científicos são publicados em revistas especializadas e o eco do seu impacto para a evolução do conhecimento comum é  tardio ou muitas vezes até inexistente. Essa contradição entre a velocidade a que se produz o conhecimento, freneticamente acelerado hoje em dia, e a lenta perceção dos avanços realizados deve preocupar-nos... Se recuarmos ao século XX, já Habermass (2007) se interrogava sobre qual seria o papel da ciência e a função  que a atividade científica deveria desempenhar na sociedade. Na realidade, concluía o mesmo pensador, que esta força libertadora da tecnologia trouxe com ela a instrumentalização, transformando-se muitas vezes, paradoxalmente, num entrave à própria liberdade humana. A bem do exercício do pensamento crítico e da capacidade de análise do mundo pelos cidadãos, que se querem ativos e interventivos, a transmissão do conhecimento científico e a comunicação em ciência são vetores de investimento inalienáveis para um progresso sustentável.
Neste pressuposto, a atividade do cientista ganharia muito em transformar-se com a comunicação de ciência, por forma a favorecer o acesso, a difusão, a reflexão e, por inerência, a interdisciplinaridade, pois o diálogo entre as ciências é algo primacial para uma construção equilibrada do saber universal. Por outro lado, a comunicação com o mundo do qual partem todas as questões é uma tarefa de básica honestidade. É como se eticamente lhe fosse devida uma resposta às interrogações, não a verdade (que é sempre efémera), mas uma descodificação de conclusões que, afinal, são um investimento de todos os cidadãos.
Invocando o professor Rómulo de Carvalho, lembramos que, em boa hora, expôs o truque da sua pedagogia: “Estimular é saber tirar proveito das coisas, saber encantar, digamos, pôr as coisas em relevo, mesmo as coisas insignificantes(…) Tornar pensáveis as coisas habituais que não se pensam”. “Diálogos com Ciência” segue este esteio de tornar atraente e pensável o que poderia ser aparentemente inócuo e o seu autor é o exemplo desta tentativa salutar.
O livro, dirigindo-se fundamentalmente a um público infantil e juvenil, consegue captar também a atenção de leitores adultos, movidos de natural curiosidade ou pelo interesse intrínseco  por matérias científicas. Isto faz dele um veículo de conhecimento transversal que começa no próprio objeto (pela diversidade de conteúdos científicos que explora) e se estende ao seu recetor, dotado de pluralidade.
A característica dialógica, marcada desde logo no título, põe em relevo um modo de representação do discurso que é efetivamente uma marca do estilo do autor neste género, que oscila entre  a veia literária e o foco das diferentes temáticas científicas abordadas. Na verdade, estas narrativas breves são, muitas vezes,  construídas com recurso a conversas de improviso que expõem, de modo simples, as questões em torno de um determinado problema científico, que se vai desmistificando ao longo da interação entre as personagens. Veja-se, a título de exemplo, a composição química da lágrima, com reminiscências de Gedeão, explicada num tom paciente pelo tio António em “O que tem a tua lágrima?”. As crianças, naturalmente curiosas, questionam, os adultos respondem-lhes, com linguagem clara, e dão exemplos. E assim o leitor vai sendo conduzido para a decifração dos diferentes cambiantes da ciência, explorados em cada história.
Efetivamente, no seu conjunto, estas mini-histórias, nas palavras do autor do prefácio, o Professor Carlos Fiolhais, fazem transparecer a ciência de uma forma natural e simples. Afinal, para compreender melhor o que se aprende nas ciências está ao alcance de um piscar de olhos. Basta ler histórias. Convocamos para esta nossa reflexão a conhecida afirmação de Einstein (ícone intemporal da ciência), que, segundo Maria Emília Traça (1992: 23), sugere à mãe de uma criança que lhe leia contos de fadas.
E citamos: “Era uma vez um famoso físico chamado Albert Einstein, que um dia encontrou uma senhora extremamente desejosa de ver o seu filho triunfar numa carreira científica. A senhora pediu ao sábio que lhe desse conselhos sobre a educação do seu filho, em particular sobre o tipo de livros que lhe deveria ler.
– ‘Contos de fadas’, respondeu Einstein, sem hesitar.
– ‘Está bem, mas que deverei ler-lhe em seguida?’, perguntou a ansiosa mãe.
– ‘Mais Contos de fadas’, replicou o grande cientista acenando com o seu cachimbo como um feiticeiro que prenuncia um final feliz para uma longa aventura.”

Pois bem, é certo que a narratividade favorece a compreensão leitora e talvez a ciência possa tornar-se mais sedutora para todos se for comunicada de mãos dadas com o universo ficcional, sem perder o rigor dos seus fundamentos.
As personagens deste livro são inseridas numa ação povoada de água, peixes, plantas, códigos de ADN, grupos sanguíneos, números e datas, comboios e lágrimas. Na verdade, de tudo isto é composto o mundo humano. As entidades fictícias que povoam estas micro-narrativas, com nomes comuns ou com nomes próprios de ordem comum (a Maria, a Leonor, o Rui…), dotam de inegável universalidade as situações criadas e implicam-nas diretamente com o real. Tal facto confere objetividade à ação, colocando o leitor num universo de verosimilhança que o conduz à descodificação de realidades tangíveis e cientificamente comprovadas. Veja-se, a título de exemplo, o episódio narrado em “Primavera marciana!”, em que o predomínio do discurso direto entre as personagens vai descodificando as noções científicas.
Não obstante, o pragmatismo que se requer numa explicação científica não oculta a beleza que as palavras podem ter. A escrita, enquanto processo de criação conduz muitas vezes a mão do autor para outras incursões ao nível do uso da linguagem. O recurso à metáfora, a que a produção de Piedade não é estranha, no esteio de outros homens de ciência que deram azo ao fio do artístico, como Adolfo Rocha / Miguel Torga ou já citado Rómulo de Carvalho/António Gedeão, do qual se assinalou o aniversário no passado dia 24 de novembro, data  escolhida para assinalar Dia Nacional da Cultura Científica pelo antigo Ministro da Ciência e Tecnologia, José Mariano Gago, em homenagem ao professor, divulgador de ciência e poeta, sempre preocupado com os aspetos pedagógicos associados à transmissão do conhecimento.
De facto, é notória na produção destas histórias breves sobre ciência a cadência das emoções, de que “Música a cores” é exemplo.

“O coração de Leonor batia numa cadência agitada. Parecia que o coração queria saltar-lhe do peito e ir dançar com ela e com as folhas que chovem das árvores no Outono. Mas não era só por causa do sobressalto que se adicionava ao tambor cardíaco. Leonor estava ansiosa. Procurava sons da Natureza ao longo do caminho desde a escola até à sua casa. mas o barulho da cidade era tão intenso que não conseguia descortinar sons que associasse a outras coisas que não fossem carros, aviões, comboios, equipamentos de climatização, entre tantos outros elementos da orquestra citadina.” (p. 29)

Tudo isto para introduzir um episódio sobre o cruzamento entre a comemoração do Dia Mundial da Música e a biodiversidade. Afinal, a música está por aí, basta escutá-la...

“Concentrou-se nestas sensações e sentiu que as melodias a inundavam com uma paleta de cores que variava e, consoante a tonalidade do trinado, era mais aguda ou mais grave”. (p. 31)

Há, efetivamente, temáticas, que apelam ao mergulho interior. Piedade não resiste à criação do belo e à linguagem simbólica e estilizada quando nos narra a história de um nascimento em “Silêncio Prodigioso”, onde se cruzam “olhares uterinos”:

- “Já eu existia, ou pelo menos um frágil princípio de mim, e já comunicava sem tu saberes… mas o teu corpo entendia a minha primeira palavra - diz Leonor aninhando o seu olhar numa recordação amniótica, numa lágrima singular a brilhar na face de sua Mãe.
- Vi então a cor do teu silêncio, que afinal ressoava no meu ventre, pronto para muitas e novas mensagens futuras.
De mãos dadas, sentadas na margem do lago, Leonor e sua Mãe estão contemplativas, num silêncio prodigioso.” (p. 23)

Mas, sosseguemos agora a força das palavras e vamos ao objeto livro.
Esta edição renovada, trazida à luz pela editora “Trinta por uma Linha”, oferece-nos algo mais para além do trabalho dos processos de composição textual do autor, aplicados ao conteúdo científico.
As ilustrações de Maria Pimentel, que acompanham o(s) texto(s), tornam a leitura mais leve, mais divertida, por aquilo que acrescentam ao código escrito, traduzindo pictoricamente as ideias, mas conferindo também, em paralelo, a sua assinatura como objeto artístico per si. A apresentação gráfica a preto e branco adequa-se em pleno à natureza discreta da publicação, deixando ao leitor outras pistas de reflexão sobre os diferentes temas que sobressaem destes diálogos interdisciplinares com a ciência. Se atentarmos na capa, note-se como se torna apelativa para os mais jovens, desde o lettering escolhido para o título até à ilustração, que evidencia uma jovem sorridente em interação com alguém, numa observação expressiva do mundo e das suas coisas (o planeta, a natureza, os seres vivos, o tempo... - todos os elementos que se constituem como assunto de conversa neste livro).
Neste livro, texto e imagem em uníssono - cada qual na sua forma, no seu
código e legítimo universo semiótico - presenteiam-nos com a ciência, num
claro diálogo entre o saber e a arte.

Carla Fernandes

Bibliografia
-  HABERMAS, Jurgem (2007). Ciência e Técnica como Ideologia. Lisboa: Ed. 70.
- TRAÇA, Maria Emília (1992). O Fio da Memória. Do Conto Popular ao Conto para Crianças. Porto: Porto Editora.

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

INDÚSTRIA 4.0 - DESAFIOS E AMEAÇAS


Na próxima 3ª feira, dia 3 de Dezembro de 2019, pelas 18h00, vai ocorrer no Rómulo Centro Ciência Viva da Universidade de Coimbra a palestra INDÚSTRIA 4.0 - DESAFIOS E AMEAÇAS, por Norberto Pires, professor do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Coimbra.



Esta palestra integra-se no já popular ciclo "Ciência às Seis – 4ª temporada", coordenado por António Piedade, Bioquímico, escritor e Comunicador de Ciência.

Sinopse da palestra:
A Indústria 4.0 é normalmente conhecida como a 4ª revolução industrial. No entanto, ao contrário do que aconteceu com as outras 3 revoluções industriais, a indústria 4.0 é uma revolução pré-anunciada, isto é, é anunciada como revolução antes de efetivamente o ser. O que explica este facto? Por que razão precisamos de uma nova revolução industrial? O que pretendemos resolver? O que está em causa? Quais são os conceitos novos? Quais são os desafios? Que ameaças enfrentamos? Como estão a ser desafiados os centros de conhecimento? Que impactos são esperados? E que implicações éticas existem? Esta palestra procura dar respostas a estas e outras perguntas e colocar em perspetiva tudo o que está a acontecer em torno deste tema fascinante.

ENTRADA LIVRE
Público-Alvo: Público em geral e interessado
Link para o evento no facebook


quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Fisiologistas do Exercício (3)

(Segundo e último texto meu sobre Ramalho Ortigão e a Educação Física )

Prossigo na minha admiração por Ramalho, tratado por Eça, por “Ramalhal figura”, “compagnon de route” na autoria de ambos de “As Farpas”, esse monumento de crítica contra “a velha estupidez humana que tem cabeça de touro”. Daí farpearam-no com pena mordaz! 

Como pontificou Albert Einstein, ”época triste a nossa em que é mais difícil quebrar um preconceito de que um átomo”. Um conceito enraizado em sagrada ignorância, mesmo em indivíduos que rescendem a falsa intelectualidade, faz com que a destreza e a força físicas continuem a viver em resquícios de euzebiozinhos  retratados pela crítica social do imortal Eça, em “Os Maias”, embora Ramalho Ortigão ter dedicado uma vastíssima obra de inegável valor literário em defesa das práticas corporais, por ele próprio seguidas, quando, por exemplo, escreveu: “Creio que nasci para homem de forças, para Hércules de feira”. 

Um conceito enraizado em sagrada petulância de indivíduos que rescendem a falsa intelectualidade ( em simples consultas ao “mestre” Google), faz com que a destreza e a força físicas continuem a viver em resquícios de euzebiozinhos retratados pela crítica social do imortal Eça, em “Os Maias", pese embora, Ramalho Ortigão, seu contemporâneo ter dedicado uma vastíssima obra de inegável pujança  em defesa das práticas corporais, por ele próprio seguidas, quando, por exemplo,  escreveu: “Creio que nasci para homem de forças, para Hércules de feira”.

Em tempos mais chegados, Almada Negreiros, tido por Bigotte Chorão, “talvez, como a personalidade mais completa e complexa e fascinante da cultura portuguesa do século XX”, escreveu: “É preciso criar a adoração dos músculos". E os exemplos estão bem de se quedarem por aqui!

Continuo em companhia de Ramalho de que colho páginas de grande prazer em desforço para com uma sociedade de pseudointelectuais que se refugiam, hoje,  numa caixa craniana vazia de massa cinzenta. Lamentava-se ele: "Nós fomos educados assim. Vede o que estamos sendo! Vede os homens que deitámos. Vede o país que fizemos e a sociedade que construímos! Possam os nossos filhos reclamar a felicidade a que seus pais não têm direito, apresentando-se ao futuro com merecimentos que nós não podemos invocar! Suspensão de veemências e de ironias! Trata-se da infância. Não nos dirigimos aos políticos. Conversamos honrada sinceramente contigo, leitor amigo, leitora honesta.Pesa sobre vós uma responsabilidade tremenda. No estado em que se acha a sociedade portuguesa, a família é um duplo refúgio – do coração e do espírito. A família é dos pouquíssimos meios pelos quais ainda é lícito em Portugal a um homem honrado influir para o bem no destino do seu século. Querido leitor! O modo mais eficaz de seres útil à tua pátria é educares o teu filho. Consagra-te a ele”.

Ainda que a “ramalhal figura” (tratamento de fraternal amizade dado a Ramalho por Eça, (“falso amigo”, segundo Campos Matos, 2009) tenha dito que “em Portugal, país de magricelas, de derreados de espinhela caída, nada mais importante do que a Educação Física”, em contraponto  à  Educação Física e Desportiva nas escolas de hoje que tem sido  tratada como parente pobre das cadeiras ditas intelectuais, que disputam, entre si, a primazia -o Português e a Matemática - , ambas sobranceiras na sua declarada e reconhecida importância, assumindo-se, em revanche, a Educação Física ultrajada e ofendida, por ser, inquestionavelmente uma questão de Saúde Pública”!

Pelo facto de, ao nos debruçarmos sobre a história dos acontecimentos, podermos avaliar a  influência da pena corrosiva  de Ramalho Ortigão na sua denodada “Campanha Alegre”, em prol dos exercícios físicos dos jovens ao chamar  a atenção da Câmara dos Pares para um estudo ter demonstrado que os exercícios ginásticos são úteis não só ao desenvolvimento físico, porque nas escolas inglesas em que se introduziu a ginástica os alunos aprenderam mais e em menos tempo do que naquelas em que a ginástica não existiu.

Passado quase um século, trabalhos de investigação, levados a efeito, na década de 50, em França (Vanves, Tourangeau, Montabaun) e na Bélgica (Bruxelas), confirmaram a influência benéfica da Educação Física no rendimento escolar, quer sob o ponto de vista físico, quer de aprendizagens cognitivas,e não só.

O próprio Dr. Fourestier, responsável pela experiência de Vanves, não se exime em declarar entusiasmado: “Com métodos pedagogicamente novos não criaríamos apenas uma raça fisiologicamente nova. Faríamos, possivelmente, homens moralmente novos, e mais fraternos uns com os outros”. Desta forma,  foram eles percussores do trabalho, citado por mim (INEF/1963), a que foi atribuído o segundo lugar do Prémio Pfizer.

Aliás, é para esse “homem moralmente novo” que vai também o apelo de C. S. Lewis, professor de Cambridge: “Fabricamos homens sem coração e esperamos deles virtudes e magnanimidade. Rimo-nos da honra e surpreendemo-nos se há traidores entre eles.”

No decurso do ano de 1969, Olivier Guichard, ao tempo ministro gaulês da educação, justificava a necessidade de haver seis horas semanais para a prática física dos alunos do ensino primário com o argumento de “o horário de então reflectir uma concepção intelectualista dando prioridade à matéria ensinada”. Ou seja, como sentenciaram  os romanos: “Nihil novi sub sole”!


Fisiologistas do Exercício (2)

(Ramalho Ortigão e a Educação Física)

“A História é uma mediação entre o passado e o presente num círculo hermenêutico” 
(Paul Ricoeur, 1913-2005)

Ramalho Ortigão, membro da Academia das Ciências de Lisboa, em censura acerba aos políticos do seu tempo, dizia que “não eram homens de ciência, nem sequer homens do mundo, por não terem princípios nem ideias gerais”, justificando a sua opinião de forma corrosiva: “Pela sua cultura de espírito estão abaixo do mais corriqueiro leitor da ‘Revista dos Dois Mundos’ e do ‘Dicionário de Larousse’. Como cultura física, indigência igual à da cultura mental. Se falando metem os pés pelas mãos, calados metem os dedos pelo nariz. Não têm ‘toillete’, não têm maneiras, e têm caspa”.

Mas não se pense que esta crítica que faz a esta indigência sobre a cultura física se quedou por fortuita intervenção. Nada disso!
Ramalho foi a personagem do panorama literário português que mais e mais vigorosas páginas dedicou às práticas físicas da juventude, como prova, este pequeno naco de prosa, indiciador de uma defesa estrénua das actividades corporais: “Em Portugal, país de magricelas, de derreados, de espinhelas caídas, nada mais importante do que a educação física… e a ginástica não é uma questão de circo nem de barraca de feira, é uma alta e grave questão de educação nacional”.

Corria o ano de 1871. Ramalho, em apelo quase patético, desiludido com a ausência de medidas dos políticos em favor de uma educação integral dos jovens, pede, ou exige mesmo, uma tomada de posição por parte dos pais em defesa da formação completa dos filhos.


São passados quase dois séculos e meio. A sociedade hodierna é cada vez mais hipocinética. Segundo Alexander Berg, Professor de “Ciência Computacional”, da Universidade da Carolina do Norte, “a força muscular do homem e dos animais domésticos apenas produz 1% de toda a energia produzida e consumida na terra, quando, em meados do século XIX, era de 94%”.

Os jogos tradicionais que povoaram e alegravam a infância de há décadas atrás – v.g., “a macaca”, “a cabra-cega”, o pião – estão votados ao abandono e ao esquecimento. As casas passaram a ser cubículos, sem jardins ou quintais, em que mal cabem as mobílias. O jovem que corre para o autocarro num percurso pequeno resfolega, qual cavalo cansado, deitando os bofes pela boca.

As ruas passaram a pistas de automóveis , os passeios estão pejados de carros arrumados dificultando a simples passagem de peões, impedindo, assim, os jogos de futebol, das crianças  com bolas feitas de trapos ou de couro  dos mais abastados.

A obesidade, verdadeira pandemia dos nossos dias, tomou conta de um número assustador de crianças e adolescentes, sendo o prenúncio de doenças cardiovasculares, de patologias da coluna cifoses, lordoses, escolioses, dos ossos das articulações que rangem ao peso das “banhas”, de diabetes nas idades jovem e adulta, etc., etc.

De há muito, os tempos ecolares são passados sentados em posições viciosas, virados para os quadros em que os professores escrevem as matérias, relegando para plano secundário a prática dos exercícios físicos na escola. Ademais, a mocidade vive sob o peso de mochilas cada vez mais pesadas, tolhida num sedentarismo em que as horas de lazer são passadas ao computador, a olhar para a televisão ou, até mesmo, para as moscas.

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Recorra-se à hospitalização do Serviço Nacional de Saúde na tentativa de o salvar


Meu artigo de opinião publicado hoje no “Diário as  Beiras”:


             “Mudar o mundo, meu amigo Sancho, não é loucura, não é utopia, é Justiça”.

                                                                                    Miguel de Cervantes (1547-1616).


Finalmente, dois pesos pesados da Assembleia da República, ambos do Partido Socialista, obrigaram-se, a confessar publicamente a situação grave (em fase terminal?) que vive o actual Sistema Nacional de Saúde.

Refiro-me a Carlos César e a Ana Catarina Mendes, reconhecendo esta chegarem-lhe todos os dias relatos de falhas no SNS. Por seu turno, um administrado hospitalar defendeu, “um plano estratégico para os próximos anos, no início da legislatura do PS, para evitar um ponto de não  retorno”.

Ao leitor mais distraído ou descrente, que, porventura, possa pôr em dúvida as críticas feitas ao SNS, aconselho-o a consultar os meios de comunicação social a fim de tomar conhecimento do estado calamitoso em que doentes, inscritos para serem operados de urgência  para não pôr em risco a vida,  são chamados depois do tempo de espera lhes ter ceifado a existência, como se a morte humana servisse para aliviar o erário nacional ou , com ironia macabra, para satisfazer a curiosidade dos leitores das páginas de  obituários.

Assim como nos livros policiais em que a primeira questão colocada é a procura de quem possa vir a beneficiar de determinado crime, eu de igual modo interrogo-me sobre quem possa ter colhido dividendos com a situação do descalabro do SNS.

Sem rodeios, porque o assunto é demasiado grave para que os seus responsáveis, por vezes, com interesses inconfessados, não permaneçam no olvido da responsabilidade, acuso todos aqueles que tudo fizeram para que a actual agonia do SNS permitisse o crescimento, sem rei nem roque, de uma medicina convencionada cada vez mais forte, qual parasita que corrói as entranhas do hospedeiro.

Sem sombra de dúvida, a sobrevivência do SNS passa pelo retorno às origens definidas pelo seu criador António Arnaut, que deve dar voltas no túmulo, com dedo acusador apontado aos seus correligionários em trabalho de sapa, apostados  em o destruir, pela descaracterização da sua função original. Dar aos portugueses um SNS de qualidade por parte da população não ter dinheiro para suportar seguros de saúde.

Restando, “ipso facto”, para os pobres e remediados os escombros de um SNS, com dívidas cada vez maiores por parte dos hospitais, médicos carecidos de experiência bastante, enfermeiros e número suficiente, enfermeiros em número escasso, etc.,etc.

E tudo isto, para além de sobrecarregar o SNS com mais doentes, fazendo uso de medidas que os atiraram para as garras da desgraça em atentado contra a sagrada vida humana, através de uma legislação canhestra que se adaptasse às vítimas mesmo, velhas, doentes ou deficientes, cônjuges de familiares, expulsos da ADSE, com a desculpa esfarrapada de terem passado a receber reformas de miséria da Segurança Social.

A solução para esta espúria legislação, com efeitos retroactivos e agindo em desfavor dos cidadãos, exige a sua derrogação imediata que não é difícil porquanto as próprias leis constitucionais são passíveis de alterações ou mesmo derrogação.

Como nos alertou Eça de Queiroz, “deixar tudo como está é pactuar com sociedades corrompidas que reinam pelo desdém, outros diriam pela imbecilidade”. No caso da deterioração em plano inclinado do SNS, mais do que imbecilidade, uma autêntica malvadez!

P.S.: Alterei o título do artigo do jornal, inicialmente: "Interne-se o SNS nos Serviços de Urgência"

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Lançamento de "Diálogos com Ciência" de António Piedade


O livro "Diálogos com Ciência" de António Piedade, editado pela Trinta por Uma Linha, terá lançamento público na próxima quinta-feira, dia 28 de Novembro, pelas 18h30, na livraria Bertrand no Alma Shopping, em Coimbra. O livro, que tem prefácio de Carlos Fiolhais, será apresentado pelas professoras Carla Fernandes e Helena Duque. A capa e as ilustrações do livro foram concebidas pela ilustradora Maria Pimentel.

Fisiologistas do Exercício (1)

“Como a doença amplia as dimensões internas do homem!”
Charles Lamb, 1775-1834).

De há dias, um texto do Professor Catedrático da Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física (UC), Manuel João Coelho e Silva, teve o mérito de trazer para as luzes da ribalta o papel do Exercício na promoção e manutenção da saúde.

Escreveu ele, com a autoridade do seu elevado estatuto científico:“Quanto à figura emergente de “Fisiologista do Exercício” parece-me acertada para prevenção secundária da doença através do exercício físico, exigindo conhecimento profundo, desde logo, dos mecanismos adaptativos dos sistemas orgânicos e metabolismo quando já está instalada uma degenerescência que pode ter um carácter crónico (diabetes, hipertensão, coronariopatias, bastando ver as recomendações do American College of Sport Medicine). Reconheça-se publicamente que 90% dos planos de estudos não habilitam os profissionais de Educação Física e Ciências do Desporto para actuar na doença e tal exige sistemas de acreditação de conhecimentos e competências”.

Em vésperas do meu casamento, ofereceu-me o meu futuro sogro, tenente-coronel médico, o “Manual Scientique d’Education Physique”, da autoria do Docteur Maurice Boigey, de que extraio a seguinte introdução: “Ma experience me fait atribuer une importancence trés grande au developpement de l’education physique, on peut en effect, par ce moyent, diminuier les maladies, renforcer la réssistance de l’home vis-à vis des agents pathogénes, lui permetre d’entendre à la viellese dans la plenitude de son pouvoir physique, intellectual et moral, en somme retarder l´heure de la senescence organique” (“Manual Scientifique de l’Education Physique”, Maison Éditeurs, Libbraires de l’Académie de Medicine, 1932).

 Penso que influenciado pela sua leitura, a minha cadeira preferida do currículo do INEF foi Fisiologia, ministrada pelo Doutor Tibério Antunes, com a elegância do seu verbo oral e o entusiamo estilístico que lhe merecia a prosa. Quiçá por isso, a dissertação por mim escolhida de final do curso incidiu sobre aspectos de natureza fisiológica ("Exploração Submarina"), de que, de uma forma geral, os alunos fugiam, como diabo da cruz, pela exigência por parte do arguidor. Com grande júbilo, o meu o trabalho foi merecedor de considerações elogiosas, tendo melhorado substancialmente a minha classificação final de curso!

Como intróito desta temática, dou notícia da actuação de professores de Educação Física no domínio científico, reportando-me a um trabalho, intitulado “Influência do Exercício na Fadiga Intelectual”, levado a efeito por uma equipa formada pelo então director do INEF, doutor Andeson Leitão, e um grupo de docentes licenciados em Eduação Física, que mereceu o 2.º Prémio da Sociedade de Ciências Médicas (1963), atribuído, em colaboração com o Laboratório Pfizer, com o objectivo de contribuir para a dinamiação da investigação em Ciências da Saúde. (Continua)

 P.S.: Tempos atrás propus, num dos meus post’s, a abertura de lugares para professores de Educação Física (amanhã com mestrados universitários em Fisiologia do Exercício) nos Centros de Saúde, a exemplo de psicólogos, para prescreverem os exercícios físicos necessários e seguirem a sua execução.

Novidades da Gradiva em Novembro

NOVIDADES DE NOVEMBRO

A Barata
Ian McEwan
11,00€ 9,90€


Um grito de responsabilidade cívica do intelectual, tal como os via Sócrates (Platão, Apologia de Sócrates).

«Considero a União Europeia um dos maiores feitos da civilização humana.»

«Se o Brexit for mesmo avante e me for retirada a cidadania europeia, ficarei devastado e de coração partido.»

Excertos da entrevista de Ian McEwan ao Expresso, 16/11/2019
 

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Como Acaba a Democracia
David Runciman

16,00€  14,40€

Ainda que não considere que estejamos em vias de ter um novo Hitler ou Estaline, Runciman aborda as ameaças em curso à democracia, tão reais quanto inéditas. Essencial para perceber o que está a abalar os regimes democráticos. Para nos prepararmos para enfrentar o que aí vem.


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Churchill - vol. 2
Delmas / Regnault / Cammardella / Kersaudy
16,50€ 14,85€


BD de referência, escrita por grandes autores  e ilustrada por grandes artistas.
Depois de Lenine, a Gradiva publica Churchill, dois volumes admiráveis escritos por François Kersaudy, especialista em história diplomática e militar, autor de vários livros sobre Churchill. A juventude, o desafio da Guerra, os seus protagonistas, a vitória, a liberdade e a glória.

Os colegas não são para comer!
Ryan T. Higgins

12.80€  11,52€

«Um livro infantil cativante, educativo e cheio de humor que eu adoraria ter escrito!»

Afonso Reis Cabral, Prémio Literário José Saramago
 
Imortal
José Rodrigues dos Santos
«Para o leitor reflectir sobre o que aí vem.»

Tomás Noronha vai resolver agora um mistério que envolve o novo mundo da inteligência artificial e da edição de genes. A imortalidade será possível? A mudança, essa, é inevitável, e o autor quer preparar-nos para ela. O processo de mudança já começou e está a acelerar.
Como sempre, uma investigação rigorosa, para revelações surpreendentes.

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Um Passo para Sul
Judite Canha Fernandes
Prémio Revelação Agustina Bessa‑Luís 2018
«A língua portuguesa a gostar dela própria»*

«[...] A acrescentar a estes atributos de Um Passo para Sul, deve destacar-se o lirismo inerente à escrita de Judite Canha Fernandes. Leiam-se a epígrafe e o epílogo e damo-nos conta de imediato da marca poética presente em todo o romance, um lirismo que não esmaga o realismo, ou, dito de outro modo, um realismo tão mais intenso quanto mais lírico se torna. [...]

Para um primeiro romance, Um Passo para Sul é, sem exagero, perfeito.»

* Miguel Real, in Jornal de Letras, 9/10/2019


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Os Lusíadas para gente nova
Vasco Graça Moura


17.ª edição

Manter vivos Os Lusíadas, na hora em que pretendem pôr em causa a história e a cultura portuguesas. Uma obra como só um grande poeta, Vasco Graça Moura, poderia ter escrito.

Breve História do Tempo
Stephen Hawking


10.ª edição

«Este livro alia o espanto de uma criança a um intelecto de génio. Viajamos no Universo de Hawking maravilhando-nos com a sua mente.»

The Sunday Times

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Ser Espiritual
Luís Portela


29.ª edição

Luís Portela convida o leitor a olhar o Universo a partir do seu eu espiritual.

O corpo e a mente

 Por A. Galopim de Carvalho   Eu não quero acreditar que sou velho, mas o espelho, todas as manhãs, diz-me que sim. Quando dou uma aula, ai...