quarta-feira, 13 de novembro de 2019

COMUNICAR CIÊNCIA SERÁ UMA PERDA DE TEMPO?


Na próxima 3ª feira, dia 19 de Novembro de 2019, pelas 18h00, vai ocorrer no Rómulo Centro Ciência Viva da Universidade de Coimbra a palestraComunicar ciência será uma perda de tempo?”, por Sara Varela Amaral , comunicadora de ciência no Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra.



Esta palestra integra-se no já popular ciclo "Ciência às Seis – 4ª temporada", coordenado por António Piedade, Bioquímico, escritor e Comunicador de Ciência.

Sinopse da palestra:
Existe uma enorme lacuna de comunicação entre as comunidades científicas e não-científicas, apesar dos reconhecidos impactos da ciência e tecnologia na sociedade, o que traz um profundo prejuízo ao pleno exercício da cidadania. O aumento do investimento e do impacto da investigação científica deve ser acompanhado por mecanismos eficazes de comunicação de ciência, nomeadamente na área biomédica. Contribuir para ultrapassar os problemas de comunicação de ciência é uma aposta essencial para uma sociedade mais esclarecida e democrática e para o progresso e sustentabilidade da investigação científica. No sentido de superar este hiato existente entre ciência e diferentes públicos, tendo em consideração a elevada importância do esclarecimento e sensibilização face às temáticas científicas, parece crucial o reforço das ligações entre a comunidade científica e a sociedade, e a promoção de uma comunicação mais transparente. Por esse motivo, nos dias de hoje, o tempo gasto a comunicar ciência deve ser tratado da mesma forma como o tempo dedicado a produzir ciência.

Um dos maiores desafios da investigação científica contemporânea é por esse motivo desenvolver formas inovadoras e eficazes de comunicar e envolver a sociedade na ciência. Os gabinetes de comunicação de ciência no seio das instituições científicas, locais onde é produzido conhecimento, representam importantes organismos neste desafio. Por um lado, são importantes na criação de plataformas eficientes de comunicação de ciência, através de projetos criativos, educativos e colaborativos. Por outro lado, são essenciais na mobilização dos investigadores. É fundamental inspirar os investigadores a terem um papel ativo na comunicação de ciência, dar-lhes ferramentas de comunicação e acima de tudo, mostrar à comunidade científica os benefícios pessoais, profissionais e institucionais que a comunicação de ciência pode trazer. Os gabinetes de comunicação também desempenham um papel importante estabelecimento de parcerias em projetos entre investigadores de diferentes áreas ou de colaborações com profissionais e instituições de outras áreas como jornalismo ou artes. Os projetos de comunicação de ciência (e de investigação científica) beneficiam fortemente deste tipo de parcerias que promovem a interseção de diferentes saberes.

Por estas razões, a aposta na investigação científica passa forçosamente pelo reforço e criatividade nas estratégias de comunicação: fomentar o debate público, discutir as implicações éticas da investigação e aumentar a literacia científica. A inserção da comunicação de ciência no plano estratégico das instituições representa um reconhecimento da importância dada a esta temática e assume um papel fulcral nas instituições científicas modernas.

ENTRADA LIVRE
Público-Alvo: Público em geral e interessado

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