quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

PRAXES: SUSPENSÃO


Há quem diga que o assunto das praxes é trazido à colação para fazer esquecer outros assuntos como a diminuição dos apoios ao ensino superior  e à ciência. Sou dos que pensam que o assunto das praxes é grave, muito grave. O caso do Meco é emblemático: seis estudantes, pessoas na flor da vida, desaparecem aparentemente durante um ritual praxístico. As afirmações de Emídio Guerreiro, ex-dirigente estudantil, desresponsabilizando as praxes e os praxadores são muitos infelizes ("não é praxe académica", disse ele). As praxes e os praxadores são obviamente responsáveis. Concordo que proibir praxes não será solução, mas os estudantes bem podiam, por sua própria iniciativa, suspender as actividades praxísticas em todo o país durante um certo período, em memória das vítimas. Foi o que aconteceu em Coimbra com o luto académico que começou em Coimbra em 1969 e durou cerca de dez anos. Suspendam-se agora aas praxes, por exemplo por seis anos, até que o tempo faça esquecer a estupidez destas mortes.

5 comentários:

Fernando M.S. Silva Fernandes disse...

Concordo totalmente com a sua ideia.
Penso, contudo, que o velado apoio às praxes (de certas autoridades...) também tem tido alguma "utilidade" para fazer esquecer aos jovens o seu futuro pouco risonho.
Fernando Fernandes

Taliforme disse...

Claro que não é praxe académica. É praxe maçónica feita por um híbrido mal parido. Um brutal recuo até à ignorância!
A falta de braços de mãe...

Anónimo disse...

É praxe maçónica, eis a definição dos factos.

Complete o tetralema disse...

Não é?

Anónimo disse...

Galois

«Sou dos que pensam que o assunto das praxes é grave, muito grave.»

Com toda a sinceridade concordo consigo. Já concordo há muitos anos, uma vez que as praxes boçais que podemos observar todos os dias do ano, não deixam esquecer. As praxes, de uma maneira maioritária, são uma estupidez NÃO inofensiva.

« por exemplo por seis anos, até que o tempo faça esquecer a estupidez destas mortes.»

Mas volto a frisar: não foram precisos 6 anos; bastaram 6 dias para o tempo fazer esquecer o presidente da FCT no parlamento, as ilegalidades generalizadas, um ministro da economia entendido em ciência (principalmente na parte dos dinheiros), a estratégia das garrafas de cerveja, etc.

A agenda mediática é uma agenda para o esquecimento. Mas os timings medem-se em dias, não em anos...

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