O "Sol", quando nasceu, foi para todos e também para mim. Representava uma alternativa ao "Expresso" e é sempre bom haver alternativas. Durante vários anos colaborei com o novo semanário numa coluna intitulada "Heliosfera", onde, semana sim, semana não, procurei comentar a actualidade científica. Estou muito grato pela oportunidade e não tenho a mínima razão de querixa no que respeita à colaboração editorial. A certa altura informaram-me, porém, que já não estava interessado na minha colaboração, invocando necessidade de mudança de colaboradores, um motivo bom e legítimo que naturalmente aceitei. Mas não apareceram colaboradores novos na área da ciência (e há jovens talentos que bem poderiam ter sido convidados). Pelo contrário, a ciência viu diminuído o seu lugar.
Continuei a comprar o jornal, mas dei por mim há pouco tempo sem interesse para ler o "Sol". Quando é que o "Sol" se pôs para mim? Já não gostei muito quando divulgaram um escândalo inexistente com Medina Carreira: quando emendaram a mão, o mal já estava feito. Mas deixei mesmo de gostar quando o jornal divulgou a apetência que o grupo seu proprietário tinha pela RTP. Com a falta de ciência e, em geral, de cultura que o jornal tem hoje, já pensou o leitor como seria a televisão pública portuguesa se ela tivesse sido vendida, como aparentemente queria Miguel Relvas, ao único comprador interessado?
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2 comentários:
É a aplicação do multiculturalismo à imprensa, misturamos, cortamos, aliviamos e acabamos cheios de nada:
http://www.youtube.com/watch?v=9POkP2oCFhA
Permito-me opinar, dizendo que já há muito que o semanario aqui focado tinha perdido a qualidade.
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