sábado, 16 de fevereiro de 2013

SOBRE A REDE DE CÁLCULO CIENTÍFICO NACIONAL

Notícia do Canal Superior, sobre a recente integração da FCCN na FCT, contendo declarações minhas: 

 "O Conselho de Ministros aprovou ontem a nova estrutura da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, que fica encarregue pela gestão do domínio.pt e pela Internet do Ensino Superior. O Canal Superior falou com o Professor Carlos Fiolhais, ex-diretor do Centro de Física Computacional da Universidade de Coimbra, sobre o assunto.

 Para Carlos Fiolhais, professor de Física da Universidade de Coimbra, com a extinção da Fundação para a Computação Científica Nacional - até aqui encarregue das tarefas agora absorvidas pela FCT -, a computação científica nacional não fica em risco. «Eu não assinei um abaixo-assinado que circula contra o governo por causa dessa questão, que não é importante comparada com outras. O subfinanciamento da ciência, a falta de suficiente articulação entre Ensino Superior e investigação e a pouca penetração da ciência no tecido económico são questões para mim bem mais preocupantes».

 Isto não invalida que o cientista critique a forma como o Governo conduziu o processo de redução das fundações: «A preocupação de reduzir custos obscureceu o raciocínio», considera.

 De qualquer forma, Carlos Fiolhais prefere esperar para ver: «O ministro da Educação e Ciência diz que se trata de uma reorganização sem malefícios para o funcionamento da rede nacional e há quem discorde (embora sem concretizar bem onde estarão as eventuais perdas). Ver-se-á quem tem razão. Espero, para benefício de todos, que seja o ministro».

As vozes discordantes alegam uma futura degradação dos serviços prestados atualmente pela FCCN, mas Carlos Fiolhais discorda: «A FCT não é um bom exemplo de organização, mas a FCCN também não era. Talvez seja mais fácil organizar uma Fundação do que duas. A gestão do domínio .pt na Internet vai ser feita por uma entidade privada e não pelo Governo, o que seria uma intromissão do Governo numa esfera que não é a dele». Quanto às comunicações digitais, o Professor da Universidade de Coimbra espera «que tudo continue a funcionar como até agora e mesmo melhor».

 O físico espera que a medida possa ter consequências positivas na área: «Portugal, em cálculo científico, está ainda a léguas de países europeus e pode até ser que a fusão da estrutura pública de comunicações com a estrutura pública de investigação permita que entremos, a sério, em domínios como o da computação distribuída, isto é, o uso comum para fins de cálculo científico do conjunto dos mais potentes computadores da rede (em Coimbra temos um desses supercomputadores)», o Milipeia.

 O ex-diretor do Centro de Física Computacional da U.Coimbra deixa, no entanto, o aviso: «Oxalá nada se perca. Se se perder, serei o primeiro a criticar.»"

 David Pinheiro Silva

1 comentário:

the revolution of not-yet disse...

bolas vai ser outro desses grandes avanços como quando criaram s base de dados no lnetti no lumiar? e vão comprar bases de dados novas de quanto em quanto tempo

ou como dizia o famoso ministre de sócrates que comprou os 486 para substituirem os 386 pois estes têm a possibilidade de evoluir é só mudar as placas gráficas e .....pentiun's deles

já as bases de dados cheias de tralha inqualificável

se se perder alguma cousa

rejubilaremos suponho

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