quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Atenção aos "caçadores de plágios"

Imaginem retirada daqui
Sobre uma ministra alemã recaiu uma grave suspeita: plágio na sua tese de doutoramento.

Isto, a ter acontecido, foi há mais de três décadas. Mas, por muito tempo que passe, quem tem telhados de vidro desta natureza deixou de poder dormir descansado desde que surgiram os auto-denominados "caçadores de plágios".

Atentos ao que se produz nas universidades, não dão tréguas, sobretudo se se trata de alguém que ocupa altos cargos de cariz público. As denúncias são veiculadas pela internet e pelos jornais e, em geral, só depois disso é que as universidades se pronunciam. É um processo ao contrário.

A dita ministra nega a fraude e os seus advogados afirmam que vão recorrer, mas o conselho científico da universidade em causa, depois de ter analisado a tese, concluiu que a senhora integrou "de forma sistemática e premeditada" trabalho intelectual de outrem.

A ser verdade - a investigação não está concluída -, este caso denotará contornos particularmente graves, pois a senhora: (1) criticou aberta e ferozmente um outro ministro acusado de plágio, tendo contribuído para a sua demissão; (2) na tese em causa tratou "a formação de carácter e de consciência"; (3) e... é ministra da Educação.

Sobre este assunto, notícias aqui e aqui.

8 comentários:

Anónimo disse...

Se fosse portuguesa o que não diríamos: que os portugueses são uns atrasos e que os do norte da europa, principalmente os alemãos, é que são uns gajos bestiais.

José Batista disse...

Bem prega frei Tomás: escutai o que diz não olheis ao que faz.

Aqui e em qualquer lugar. Sobretudo se "frei Tomás" é alguém que é muito poderoso durante muito tempo...

José Batista disse...

Bem prega frei Tomás: escutai o que diz não olheis ao que faz.

Aqui e em qualquer lugar. Sobretudo se é um "frei Tomás" muito poderoso, durante muito tempo...

José Fontes disse...

Nós também temos cá 2 casos de habilitações manhosas em políticos de relevo.

E nem sequer foram plagiadas, foram dadas.

Mas ainda assim são bem diferentes (quastões de gravidade e de legalidade, apenas).

A ministra alemã plagiou a tese, o que é ilegal.

O Relvas fez tudo legal (tal como o Sócrates, embora esteja por esclarecer se os exames por correspondência lançados nas pautas ao Domingo são legais).

Portanto, o caso alemão é mais grave.

Aquilo passou-se na Alemanha onde as manhosices sai ilegais.

Em Portugal são legais.

Eis as 2 abissais diferenças.

Cisfranco disse...

A verdade vem sempre ao de cima ...

augusto kuettner disse...

A ser verdade - a investigação não está concluída -, este caso denotará contornos particularmente graves, pois a senhora: (1) criticou aberta e ferozmente um outro ministro acusado de plágio, tendo contribuído para a sua demissão; (2) na tese em causa tratou "a formação de carácter e de consciência"; (3) e... é ministra da Educação.

Anónimo disse...

"Isto, a ter acontecido"...
Aconteceu mesmo. A Universidade anunciou ontem a decisão tomada pelos órgãos competentes. Retirou-lhe o grau de doutoramento.
A "ainda Ministra da Educação" tem agora 4 semanas para recorrer da decisão da Univ (via Tribunal). Durante o processo de avaliação dos factos, a dita cuja já enviou um "texto" com explicações que pelos vistos não foram suficientes.
Vamos ver quanto tempo a senhora Merkel mantém a confiança na amiga Schavan:
- A senhora Schavan criticou com veemência o plágio do colega Gutenberg, então Ministro da Defesa;
- A senhora Merkel está a 7 meses das eleições;
A CDU está a tornar-se num pântano muito escorregadio.

Anónimo disse...

Por curiosidade, quantos plágios existiram em Portugal? A pergunta fica no ar....

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