sexta-feira, 21 de setembro de 2012

RELVAS


O ministro da Educação e Ciência Nuno Crato está a fazer uma grande maldade ao primeiro ministro Passos Coelho. Ao não apressar a publicação do inquérito à licenciatura a Miguel Relvas, que a Inspecção do Ensino Superior está a realizar há demasiado tempo, dá azo a que a opinião pública continue  a ter fortes razões para não dar crédito nem a Miguel Relvas, que se intitula de "doutor" sem o ser verdadeiramente, nem a Passos Coelho, que persiste em o apoiar. A pose displicente e arrogante de Relvas no Brasil numa altura de crise política grave deveria chegar, mesmo que o relatório da Inspecção tardasse, para o afastar da governação. Mas não chegou. As pessoas começam a interrogar-se se, para sair o ministro dos Assuntos Parlamentares, é preciso que saia ao mesmo tempo o primeiro-ministro. De facto, nem os ministros nem os primeiros-ministros são eternos.

6 comentários:

Anónimo disse...

Miguel Relvas, poderá muito bem ser (em termos da ciencia esoterica), a reencarnação do famoso Alves dos Reis. Talvez com uma pequena diferença, Alves dos Reis foi preso...

José Batista disse...

Para sairem ministros como o dos Assuntos Parlamentares ou para sair o Primeiro Ministro já faltou mais que agora... inevitavelmente.

Não tendo tomado Relvas a opção que se impunha, a que se somaram tantos outros factos relevantíssimos, quer um quer outro caminham nessa direção. Mas com tanta pressa porquê? Talvez eles o saibam. Ou não.

Eduardo Martinho disse...

Comentário certeiro e oportuno!

Maria Nazaré de Souza Oliveira disse...

Excelente comentário, Prof Carlos Fiolhais!
"Com sua licença", vou partilhá-lo no meu blogue.
Muito obrigada!

Um abraço

Maria Nazaré de Souza Oliveira disse...

Já agora, se me permite, envio-lhe um dos últimos artigos que publiquei no meu blogue, e que, afinal, também "mexe" neste país fazedor de doutores!


http://suricatina.blogspot.pt/2012/08/acesso-ao-ensino-superior.html

Carlos Ricardo Soares disse...

O problema não é fazer doutores. O problema é como os partidos fazem o que o que querem, num país em que a democracia não funciona. Neste momento, por exemplo, qual é a saída "democrática" para o "impasse" grave? Não são eleições. Ainda ontem foram e, se fossem hoje outra vez, nada iria melhorar, porque não há alternativas. E isto é que é deprimente e é triste. E se houvesse o voto contra também não seria mais airoso. Eleito por maioria ou não, um governo, democrático ou não, o que é importante é que um governo não "se meça pelo número de votos" mas pelo mérito da sua acção. Actualmente, os dois principais partidos estão "ex-comungados" e as razões para isso são mais que muitas. Dos outros nem vale a pena falar. Vivemos uma estranha farsa e temo seriamente que seja para continuar. Não acredito em salvadores da pátria, mas é preciso que alguém tenha a sabedoria e o poder de dar voz aos que trabalham e lutam pelo direito e por uma vida melhor. É preciso evitar que medrem vigaristas e combater os oportunistas. Os partidos políticos não podem, em caso algum, ser viveiros da "pior espécie".

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Por A. Galopim de Carvalho   Se, numa aula de filosofia, o professor começar por dizer que a palavra empirismo tem raiz no grego “empeirikós...