Eis a minha apresentação do livro na contracapa:
"Um dos maiores
problemas que Portugal enfrenta é o da qualidade do seu sistema de ensino.
Instalou-se nesta área um pensamento único, pretensamente igualitarista,
baseado em ideias românticas sobre a educação, cujas consequências têm sido
devastadoras, principalmente para os mais desfavorecidos. Como todas as formas
de pensamento único, é totalitário: foi-se apoderando da máquina do Ministério
da Educação para, através de engrenagens kafkianas, tomar conta dos professores
e das escolas. Guilherme Valente foi uma das poucas vozes a apontar o absurdo e
a opressão. Em várias intervenções públicas, a maior parte reunidas neste
livro, apontou corajosamente quão grotesco e
nefasto era o sistema, que se expressa através do “eduquês” (“aprender a aprender”, “aprendizagem por descoberta”, “menos
é mais”, etc.) para exercer o seu poder, mas que, conforme tão bem assinalou,
não passa afinal uma ideologia perigosa. Já conhecíamos uma obra ímpar no campo
da edição: Guilherme Valente tem semeado, com a Gradiva, cultura e ciência.
Ficamos agora a conhecer melhor a sua intervenção no campo educativo. Como
mostram os textos aqui reunidos, foi ele o primeiro a reconhecer, com
discernimento filosófico e político, a
origem e a natureza dos males maiores que têm afligido a educação nacional, ao
mesmo tempo que apontava caminhos de futuro. Os textos mais modernos e
originais aqui contidos são um precioso contributo para o debate público, que
tão necessário é para uma educação melhor."
4 comentários:
Um grande OBRIGADO, a Guilherme Valente.
José Batista da Ascenção
Mal resisto à tentação de adquirir já este livro pela certeza do benefício que da sua leitura colherei. Todavia, não invalida que esteja presente aquando do seu lançamento para cumprimentar pessoalmente o seu autor. E agracecer-lhe o combate estrénuo que tem mantido em defesa de um ensino digno e dignificado. Agora em "Os Anos Desvatadores do Eduquês".
Ao doutor Carlos Fiolhais palavra de humildade é fonte e entusiasmo!
"tem semeado, com a Gradiva, cultura e ciência".
Caro senhor Carlos Fiolhais
Sem me querer alongar muito relativamente aos seus comentários na apresentação do livro, gostaria somente de o questionar sobre o porquê da sua crítica relativamente ao "aprender a aprender".
Agradeço desde já a sua resposta.
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