quarta-feira, 7 de março de 2012

FONTES PARA A HISTÓRIA DA CHINA E DE MACAU


Informação recebida da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra:

A Biblioteca Geral, no âmbito da XIV Semana Cultural da Universidade de Coimbra, associa-se às comemorações do Dia da China “A Lusofonia e a China: Navegar o Passado, Viver o Presente e Precisar o Futuro”, organizando uma exposição documental e bibliográfica em que se pretende ilustrar a história da China e de Macau nos séculos XVI-XVIII.

Organizada em torno das origens das relações entre Portugal e a China, presentes nas primeiras obras escritas na Europa sobre a China, compreende o Tratado de Gaspar da Cruz, as Décadas de João de Barros, a Peregrinação de Fernão Mendes Pinto e a Asia Portuguesa de Manuel de Faria e Sousa. Através das Cartas enviadas da Missão da China entre 1549-1584 e 1604-1607 pretendemos mostrar a ação preponderante que os missionários desempenharam na fundação, crescimento e conservação de Macau bem como os progressos alcançados na expansão do cristianismo na China nos séculos XVI e XVII. Entre os inúmeros missionários, que fruto da longa e continuada permanência escreveram sobre a China, privilegiámos as obras dos Padres Nicolas Trigault, Manuel Dias, Álvaro Semedo, François de Rougemont, Phillipe Couplet e Gabriel de Magalhães consideradas entre as mais estimadas, pelo conjunto de informações exatas e completas dando uma perspetiva política, cultural e espiritual do Império da China.

As viagens de exploração às Índias Orientais estão representadas na Histoire de la navigation e no Grand Routier de Mer de Jan Huygen van Linschoten, dois dos livros de viagens do século XVII que descrevem o Oriente; a cartografia está representada no primeiro mapa da China impresso por Ortelius, do cartógrafo Luís Jorge de Barbuda - Chinae olim Sinarum regionis nova descriptio – considerado durante mais de sessenta anos mapa padrão e o primeiro a mostrar a Grande Muralha e, no Novus Atlas Sinensis de Martino Martini, naquela que é a mais completa descrição geográfica da China. As dificuldades colocadas ao Padroado Português no Oriente e em particular à Missão de Macau a partir de 1683, em consequência das rivalidades entre a Missão da China e as Missões Estrangeiras de Paris, terão estado na origem de uma das mais importantes missões diplomáticas enviadas por D. João V (1725-1728), para o ilustrar, a Carta do Embaixador Alexandre Metelo de Sousa Meneses escrita de Macau em 1726 e a Relação da embaixada de D. João V de Portugal ao imperador Yongzheng, que conta a história da embaixada e o modo como foi recebido o embaixador.

Sala do Catálogo, de 7 de Março a 6 de Abril, no horário de funcionamento da biblioteca.

1 comentário:

Cláudia da Silva Tomazi disse...

Decente e em exposição organizada.

Digo organizada: o equilíbrio histórico é o entusiasmo lúcido da Universidade de Coimbra.

TODA A GLÓRIA É EFÉMERA

Quando os generais romanos ganhavam uma guerra dura e bem combatida, davam-lhes um cortejo e rumavam ao centro de uma Roma agradecida. ...