A escrita tem sido, nas últimas décadas, uma área de aprendizagem desprotegida. Entende-se, genericamente, que se os alunos lerem, e lerem muito, aprenderão a escrever. Ora, se esta estratégia resulta com alguns, não resulta com a maioria. A leitura e a escrita requerem processos didácticos diferentes, sendo que a escrita última beneficia com o ensino estruturado e explicito. Apesar deste tipo de ensino estar contemplado nos programas de Língua Portuguesa, sobretudo no mais recente, a sua expressão em sala de aula, apesar de pouco documentada, parece estar aquém do que seria desejável para se conseguirem boas prestações dos nossos alunos.
Para aprofundar este assunto, realizam-se na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra duas conferências proferidas pelos autores dum programa de escrita para diversos níveis de escolaridade (Self-Regulated Strategy Development) e cuja aplicação em contexto escolar tem dado resultados muito animadores.
Esses autores, Karen Harris e Steve Graham, professores da Universidade de Vanderbilt, assemelham o que se passa em matéria de ensino da escrita no seu país, EUA, ao que se passa nosso, pelo que o referido programa terá o maior interesse para professores e outros educadores portugueses.
Conferência: "Teaching Writing Strategies - The State of the Art", dia 7 de Março, às 16:30
Conferência "Evidence-based Practices In Writing", dia 9 de Março, às 14:30
Local: Auditório da FPCEUC
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