segunda-feira, 2 de novembro de 2009

A MECÂNICA DE DEUS


Ando a ler o livro "A Mecânica de Deus" com o subtítulo "Como os Cientistas e Engenheiros entendem a Religião", acabado de sair nas Publicações Europa-América. O autor é Guy Consolmagno, astrónomo jesuíta contemporâneo especializado em meteoritos, asteróides e planetas anões (há um asteróide com o seu nome, o 4597 Consolmagno).

Não pude deixar de sorrir com vários passos, nomeadamente este da p. 257:
"Todavia, é claro que entre todos os tolos do Vaticano de hoje não há nada de semelhante à incrível fileira de patifes que pulularam na história da minha Igreja. Podem discordar o que quiserem dos pontífices mais recentes, mas não há dúvida de que pelo menos tentaram ser Homens Santos, tentando sinceramente fazer aquilo que lhes parecia ser a vontade de Deus. É mais do que poderíamos dizer de muitos outros pontífices da História, a quem não confiaria as chaves do meu automóvel, quanto mais as chaves do Reino dos Céus. E mesmo assim, a Igreja e as suas doutrinas sobreviveram, de algum modo. Eu estou a brincar um pouco (menos de um pouco) quando digo que esta é a derradeira prova da existência de Deus, e um milagre que só Deus poderia ter conseguido".

2 comentários:

O Jornal Tresler e a Espiral do Silêncio disse...

Voltaire disse algo semelhante, com menos palavras e mais violência.

Abraços,
Aldrin Iglésias
Brasil

Xico disse...

Muito antes de Voltaire já Dante tinha posto muitos papas no Inferno. Salvou-se o nosso João XXI que foi, por vontade de Dante, para o Céu.
Esta polémica e espírito crítico é antiga e passá-la por moderna é ridículo. É saudável quando feita com argumentos cultos, críticos e esclarecidos e não com argumentos ao nível de taxista, sem desprimor para os mesmos.

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