Atenas sentiu entre 2000-2004 um crescimento estrutural inegável, impulsionado pela abertura ao público do metro (pela altura da XXVIII Olimpíada) – um projecto que era aguardado com expectativa pelos gregos, mas que levantara inúmeros obstáculos à sua consumação, dadas as características geológicas e climatéricas, a acrescentar ao plano do traçado urbano extremamente denso da cidade.
Mas o grande triunfo desta construção, que a torna simultaneamente única, é o facto de os trabalhos das escavações e perfurações do solo terem trazido à luz do dia mais de 50000 vestígios arqueológicos, que permaneciam escondidos debaixo da moderna Atenas.
Na verdade, desde as primeiras fases do projecto que nele estiveram envolvidas equipas multidisciplinares de arqueólogos, paleontólogos e historiadores que procederam ao reconhecimento dos materiais e vestígios que a todo o momento das obras surgiam do subsolo.
Várias vezes, a evidência obrigou a adaptações do projecto, de modo a que se preservassem as notícias do passado que apareciam à luz do dia.
Hoje estes vestígios – vasos, túmulos funerários, estátuas, objectos de uso diário, frisos e até o que é identificado como a Escola Aristotélica, O Liceu - surgem, em alguns casos numa profundidade atordoante, como gala fascinante de uma cidade, aos olhos dos seus habitantes ou dos turistas atentos.
Em expositores variados, vitrines em diversos recantos de muitas estações, o passado convive com o progresso tecnológico e com a modernidade.
Assim, se faz História.
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1 comentário:
Só ficam a faltar os mármores de Elgin, eh.
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