"Ouvi na rádio", disse-me uma amiga, "talvez encontre na net". E encontrei!
Descartei sites desconhecidos e prestei atenção às notícias do Público, da BBC, e do El Confidencial.
Havendo inúmeros jovens que já são ou querem ser influencers, tendo esta "ocupação" cada vez mais procura por parte de empresas, e sabendo-se que não pára de se alargar e complexificar, uma instituição de ensino superior europeia viu uma oportunidade no saturado mercado "educativo". Concebeu e vai pôr a funcionar, já no próximo ano, um curso que proporciona formação adequada, segundo um rol de "competências estratégicas", para, futuramente, se trabalhar como freelancer ou como contratado.
Ora, se tenho percebido bem, influencer é alguém que, através das redes sociais, usando estratégias de convencimento, leva pessoas a fazer alguma coisa que elas não estariam despertas ou dispostas a fazer. Os princípios são os da publicidade, mas mais personalizados e intrusivos. É o do convencimento "próximo", já usado por algumas marcas de produtos, mas agora com "seguimento" permanente, sem dúvida, "mais dinâmico" e à "distância de um clique".
Só vantagens: animação, acessibilidade e promessas de rentabilidade futura!
Será pertinente perguntar: Onde entra aqui a liberdade? O querer da pessoa? A sua vontade? O respeito pela capacidade de deliberação de cada um?
Será pertinente perguntar: Onde entra aqui a liberdade? O querer da pessoa? A sua vontade? O respeito pela capacidade de deliberação de cada um?
E, evidentemente, o dever que a universidade tem de educar nesse sentido. É que se não for nesse sentido não é educação!
Pois é... mas, citando uma apresentadora de televisão, "isso agora não interessa nada".
1 comentário:
A brincar que o digamos, muito provavelmente ainda serão os licenciados em influecerism que virão salvar o nosso sistema de ensino cada vez mais encalhado na negação da sua razão de ser que devia ser ensinar.
Os influencers transformarão as escolas em apriscos para rebanhos. Assim deixará de haver lugar para o ensino escolar, onde floresce o pensamento crítico, e a apregoada "melhoria das aprendizagens" atingirá, finalmente, níveis de excelência!
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