À memória de William Irish
Um thriller dos bons e bem construído,
de criar um suspense do caraças,
sabe muito bem, num dia franzido
em que o negro “gloom” nos faz negaças.
O suspense parece que faz mal,
mas, ao contrário, até nos faz bem:
dá-nos adrenalina adicional,
com isto de quem anda a matar quem!
Aquilo que está para acontecer
sabe tão bem como pão com chouriço,
em piquenique, mesmo a chover!
Ficarmos no meio de um enguiço
dá um sabor muito melhor à vida,
porque é inquietação consentida!
Eugénio Lisboa
Dou-vos este soneto porque o dia está fosco. Recomendo-vos, portanto, não a leitura da CRÍTICA DA RAZÃO PURA, mas, antes, um bom romance ou novela ou conto desse admirável Edgar Poe do século XX que se chamava Cornell Woolrich, mas escrevia também sob o nome de William Irish. Estes homens, que sabem “meter medo” e criar ansiedade, são verdadeiros benfeitores da humanidade.
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