Por Eugénio Lisboa
A uma pessoa amiga, que me perguntou o que achava do PRÉMIO CAMÕES, atribuído a João Barrento, respondi nestes termos:
Acho que foi bem merecido. Só pela belíssima tradução que fez, do FAUSTO, de Goethe, merecia todos os prémios. É um belo tradutor e um excelente ensaísta. Só não percebo a devoção dele pela Gabriela Llansol. Mas todos nós temos direito às nossas idiossincrasias e não é isso que lhe diminui o mérito. É um homem sério, um empenhado estudioso, talvez com um (pequeno) teor de snobismo erudito, mas quem lhe pode atirar a primeira pedra? Fiquei muito contente com terem-lhe conferido o galardão, embora conheças o meu cepticismo, em relação a prémios… Não sei se ele se sentiu bem servido com o Prémio, mas o Prémio ficou bem servido com ele.
Eugénio Lisboa
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