As guerras são todas más, mesmo as boas:
as guerras só sabem produzir horrores.
Os horrores bons da esquerda são loas,
os da direita prós comendadores.
Os horrores não têm qualquer cor,
a cor das guerras é sempre o preto.
Os políticos não têm pudor
e tornam sempre o morto obsoleto.
Quem ordena a guerra é delinquente,
sobretudo se acha que é necessária:
só a acha necessária quem mente
ou antes afaga conta bancária!
O fautor da guerra boa ou má
mais cedo ou mais tarde pagará.
Eugénio lisboaPagará ou receberá: é conforme.
segunda-feira, 16 de outubro de 2023
OS FAUTORES DA GUERRA
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14 comentários:
Todos os poemas que apareceram contra a guerra têm sido escritos pelo sr. Eugénio Lisboa que, convém questionar, se alguma vez foi saber como vivem os palestinos, se não quis saber o que se estava passando ali? Também não se conhecem as suas iniciativas à grande causa da humanidade - a PAZ. Esclareça os leitores, confusos que vivem, neste mundo cheio de populistas e oportunistas.
Os meus poemas dizem o que dizem e não precisam de esclarecimentos. Por outro lado, o que este Anónimo diz necessita de um esclarecimento essencial: quem é ele? Ninguém que se esconde atrás de um anonimato cobarde tem direito a qualquer esclarecimento. Muito menos a arrogar-se ares de moralista exemplar a que está longíssimo de ter direito. Destape o seu rosto e apareça. Caso contrário, desapareça. E tenha vergonha.
Não posso.
O meu patrão tem um quadro psicológico identico ao seu... e faz pesquisas google... e ao fim do mês o dinheiro tem que entrar para pagar as contas.
Não é uma questão de coragem ou falta dela, é apenas uma atitude inteligente de perceber que serei sempre, neste país muito abonado de gente ilustre (vip) mas pouco recomendavel, sempre um anónimo, e é melhor que assim seja.
Nunca quis saber como vivem os palestinos é o que se conclui. Continue lá com a poesia.
A sua defesa do anonimato vai direitinha para o BESTIRIO UNIVERSAL E, já que me pede poesia, aqui a tem: não custa nada - basta olhar para o que escreve e os decassílabos saltam-me das teclas, Se não, VEJA:
Há quem pense, de boa consciência,
que há quem faça guerras que são boas,
com farta retórica e flatulência,
que enchem o tesouro de coroas.
As guerras custam milhares de mortos,
mas pondo de parte esse pormenor,
as guerras são magníficos desportos,
se feitas pelo tirano em vigor.
Bons tiranos, há-os de todas as cores,
esquerdos e direitos, à la carte.
São todos bons a produzir horrores,
mas uns fazem-no com engenho e arte.
Se os tiranos são todos iguais,
há-os que são muito mais iguais!
Já vê o Anónimo_ é só pedir!
"Com a Tora como pano de fundo, ganha pleno significado aquela terrível e inesquecível imagem de um militar judeu partindo à martelada os ossos da mão a um jovem palestino capturado na primeira intifada por atirar pedras aos tanques israelitas. Menos mal que não a cortou." SARAMAGO
Concordo inteiramente com Saramago. Tão maus são os israelitas fanáticos como os fanáticos do HEMAS. O HEMAS é uma coisa e o desgraçado povo palestiniano, outra.. Que a Palestina merece há muito ser um Estado, não colonizado por Israel, só um vesgo ou um patife não o vê. Mas nem é nisso que o HMAS está interessado: está apenas interessado em destruir Israel. O HAMAS acredita na violência e o actual e infame governo de Israel acredita exactamente no mesmo. Estão um para o outro. É isto que me torna diferente do Sr. Ildefonso Dias, que agora, involuntariamente, se revelou, ao citar Saramago (concordo, como disse, com esse excerto de Saramago, mas teria gostado igualmente de o ter visto a citar uma barbaridade cometida pelo HAMAS: teria muito por onde escolher).
"qualquer pessoa que queira impedir o estabelecimento de um estado palestiniano tem de apoiar o reforço do hamas e a transferência de dinheiro para o hamas" palavras do atual primeiro-ministro de israel proferidas em março de 2019
Uma vez que Eugénio Lisboa concorda com Saramago, aqui vai.
"Um sentimento de impunidade caracteriza hoje o povo israelense e o seu exército. Eles converteram-se em financiadores do holocausto. Com todo o respeito pela gente assassinada, torturada e sufocada nas câmaras de gás. Os judeus que foram sacrificados nas câmaras de gás quiçá se envergonhariam se tivéssemos tempo de dizer-lhes como estão se comportando seus descendentes. Porque eu pensei que isto era possível; que um povo que tem sofrido deveria haver aprendido de seu próprio sofrimento. O que estão fazendo com os palestinos aqui é no mesmo espírito do que sofreram antes." SARAMAGO
Olha que maravilha, como tudo é perfeito quanto há concordância.
Aqui vai disto.
"Isso de Auschwitz foi, evidentemente, uma comparação a propósito. Um protesto formulado em termos habituais, quiçá não provocasse a reacção que tem provocado. Claro que não há câmaras de gás para exterminar palestinos, mas a situação na qual se encontra o povo palestino é uma situação concentracionária: Ninguém pode sair de seus povoados.
Eu o disse e dito está. Mas, se a vocês incomoda muito isso de Auschwitz, eu posso substituir essa palavra, e em lugar de dizer Auschwitz digo crimes contra a humanidade. Não é uma questão de mais vítimas ou menos vítimas; não é uma questão de mais trágico ou menos trágico: É o fato em si. Isto que está acontecendo em Israel contra os palestinos é um crime contra a humanidade. Os palestinos são vítimas de crimes contra a humanidade cometidos pelo governo de Israel com o aplauso de seu povo." SARAMAGO
Mais concordância... de E. Lisboa e Saramago que é útil dar a conhecer.
«O que é preciso fazer é dar o alarme em todo o mundo para dizer que o que acontece na Palestina é um crime que podemos deter. Podemos compará-lo com o que aconteceu em Auschwitz. É a mesma coisa, embora mantenhamos na mente as diferenças de tempo e de lugar». SARAMAGO
Quem será este "anónimo" que cita Saramago "traduzido" para português do Brasil?
"enquanto houver um palestino vivo, o Holocausto continua".SARAMAGO
"essa hilariante comunicação social que trata de tudo menos do importante".SARAMAGO, a indiferença dos governos e das opiniões públicas sobre a "Nabka".
O que Saramago não deixou por fazer, com a potência do seu prémio.
O escritor português José Saramago, prêmio Nobel de Literatura, pediu hoje "o fim da ocupação militar de Israel nos territórios palestinos" e da "humilhação e violação dos direitos humanos" por parte dos israelenses.
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