sábado, 8 de julho de 2023

A tremer, chorar tanto

A tremer, chorar tanto.

A tremer, olhar o rio

Antes de olhar o pranto.


Ângelo Alves

3 comentários:

Eugénio Lisboa disse...

Belo poema minimalista de um belo lírico contemporâneo!
Eugénio Lisboa

Angelo Miguel Pessoa Alves disse...

Obrigado. A Sophia e o Eugénio de Andrade escreveram poemas curtos tão belos! Por exemplo, este: Outono, pássaro de melancolia/num céu sem cor que não promete nada/ mar de insónia onde o teu corpo paira/ ou um aroma de terra molhada.

Eugénio Lisboa disse...

Claro que sim, caro Ângelo. Actualmente, Rute Martinho escreve belíssimos poemas minimalistas. Mas, a este propósito, não resisto a contar-lhe esta história. Rivarol, escritor do século XVIII (cunhou a frase: "A minha pátria é a língua francesa") recebeu, um dia, de um poeta, um curtíssimo poema de dois versos, pedindo-lhe a opinião. Rivarol respondeu: "O seu poema é magnífico, mas tem passagens demasiado longas".. É difícil ser mais mortífero.

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