quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Tanta água doce e nenhuma poesia

Tanta água doce e nenhuma poesia.

E só imaginando vejo as aves!

Um toque álgido sinto todo o dia:

No céu ninguém cicia nem nas árvores.


Não sinto os braços, só sinto a partida.

Quero o lugar ou júbilo onde outrora,

No tempo hibernal, tanta água corria

Como o pranto que hoje em mim se demora.   


Em meu chão é que as aves são abraços,

É que o canto é desejo e é porvir.

Era aí que levantavas, pai, os braços, 


Até tocarem o céu e o chão se abrir,  

E a lágrima brotar dos olhos baços...

E eu morrer para como tu sorrir.   

 

Sem comentários:

O corpo e a mente

 Por A. Galopim de Carvalho   Eu não quero acreditar que sou velho, mas o espelho, todas as manhãs, diz-me que sim. Quando dou uma aula, ai...