Tanta água doce e nenhuma poesia.
E só imaginando vejo as aves!
Um toque álgido sinto todo o dia:
No céu ninguém cicia nem nas árvores.
Não sinto os braços, só sinto a partida.
Quero o lugar ou júbilo onde outrora,
No tempo hibernal, tanta água corria
Como o pranto que hoje em mim se
demora.
Em meu chão é que as aves são abraços,
É que o canto é desejo e é porvir.
Era aí que levantavas, pai, os braços,
Até tocarem o céu e o chão se
abrir,
E a lágrima brotar dos olhos baços...
E eu morrer para como tu sorrir.
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