Soneto dedicado a José Régio, que li, no dia 19, na Casa-Museu do escritor, em Portalegre, por ocasião da sessão que ali lhe foi dedicada.
Caro poeta do Alto Alentejo,
nesta pátria que à força escolheste,
teu magnífico e forçado ensejo,
de descobertas em que te escondeste,
neste fértil desespero, viveste
uma vida de solidão fecunda:
em magna aventura, tu cresceste,
dando-nos obra vasta e profunda.
Neste Alentejo, teu nobre brasão,
esculpiste grande parte dessa obra,
que preservar é nossa obrigação.
Dessa solidão criativa, sobra
um património cheio de memórias
de aflições que se volveram vitórias!
Eugénio Lisboa
04.01.2023
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