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Foi a descoberta da perfeição:doçura da arte e arte da doçura,nesta história de religião,mas, acima de tudo, de candura.O que é suave é também profundoe, nos futuros santos, há beleza:a arte não profana este mundode pura e tão suave gentileza.Ainda não se vê o que há de vir,de trágico, na vida do menino:história sangrenta, de redimir,que foi, daquele menino, o destino.Na origem, há, porém, Leonardo,que ainda não vê o futuro fardo.
Este soneto glosa um quadro de Leonardo, que vi, na minha primeira visita ao Louvre, por ocasião da minha primeira visita a Paris, em agosto de 1953. Nessa altura, achei-o o mais belo quadro do mundo. Ainda não vi motivos para mudar de opinião. Mesmo não sendo religioso.
Eugénio Lisboa
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