As trovoadas eram mesmo a sério.
Juro-vos que estas coisas são verídicas
e não puras balelas do império.
As irmãs Brontë enchiam-me as medidas
e desvairava com a Senhora de Rênal!
Eram amores que deixavam feridas,
como se fossem na vida real.
Na vida real, também os havia:
amei (às escondidas), a valer,
uma menina que quase não via!
E dava-me um enorme apetecer,
vê-la, chegada, airosa, da Manhiça,
linda e amorosa comigo. Chiça!
Eugénio Lisboa
2 comentários:
Ouso dizer que o amor ainda precisa de ser autopsiado, ou levado ao laboratório dos alquimistas, para nos convencermos de que o amor é puro egoísmo. No laboratório dos químicos chamar-lhe-iam outra coisa que não sei, talvez tropismo.
Provavelmente ninguém é amado, ou amou, no sentido de amor que não é retribuído. O condicional não faz parte do conceito mas, nem por isso, deixa de ser a realidade do amor.
E não esqueçamos que o artifício de pensar em termos físicos, ou literários, teológicos, ou filosóficos, não reduz o problema, antes o amplia.
A rima chiça Manhiça é inesquecível. Proponho o título "Magaíça" :)))
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