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"A escola pública está em apuros"
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23 comentários:
Os professores são uma classe à parte da função pública (com muitas especificidades, responsabilidades e exigências) e defendem um tratamento específico, já se vê que bem diverso do tratamento genérico que o governo pretende adoptar relativamente aos restantes funcionários públicos. Naturalmente exigem que o governo os exclua das medidas adoptadas para fazer face à insustentabilidade da dívida pública.
"se há que fazer sacrifícios que o façam os outros"
Eu, pessoalmente, compreendo o princípio em causa (e tenho uma grande simpatia por ele).
Neste caso sugiro que os sacrifícios sejam feitos pelos militares, ou os médicos, os porteiros, os polícias, os motoristas, os bombeiros e os jardineiros, ... (sugestões inteiramente arbitrárias, avançadas ao acaso, evitando mencionar os professores, como é claro).
Devem ter reparado que, para além dos professores, também não mencionei os juízes (muito menos os do T. Constitucional, aos quais estou muito grato, pela bela defesa dos interesses dos funcionários públicos).
Senhor Vasco da Gama:
O outro descobriu o caminha marítimo para a Índia, para o que teve que se informar muito sobre o saber da sua arte.
O senhor não faz jus ao nome, procurando informar-se com a minúcia e desejo de saber do grande Vasco da Gama.
Infelizmente.
E esse azedume vem-lhe de onde.
De se sentir prejudicado por estas posições e lutas, não?
Estão porque protesta seguindo a lógica dos professores?
devias estar, defenderam os interesses de todos
dos restantes nem por isso
é uma explicação muito boa o do shake a pires
uma narrativa como diria o seu colega socrates....
vasco gama, vasco da gama gamava a pretos e a índios metendo o pessoal de calicute a respeito
foi um dos maiores ladrões antes dos fontes pereiras de mello arrivarem à capital dum reyno esmagado por impostos e vazio de gentes
segundo a lógica dum bom professor és ilógico
segundo a lógica de um mau...além de pedante és parvo?
infelizmente...
olha se a tua mulher te deixarre não faças como o outro no all garb
se bem que abres uma vaga extra no grupo 200 ...ou a tua é doutro gruppen ó gruppenführer
A Associação Alcoólicos Anónimos presta apoio em programas de desintoxicação e de cura.
É uma boa oportunidade.
Se o caso for do foro psiquiátrico, há também boas instituições e profissionais disponíveis.
é feio dar um de a quem não precisa dele
vasco gama assume-se
vasco da gama usa eufemismos
os fontes eram peores que os cabrais
por falar nisso descobri que João Franco tem escola no fundão
qualquer dia uma escola oliveira salazar aparece por aí
como dizia o professor Agostinho de Campos em 1905
fontes de sabedoria há muitas
não basta ser-se fontes para o ser
janeiro de 1905 atheneu commercial dos come tripas
não se prestasse estarias curado
sou de raiz islâmica não dou trabalho a madraços
não temos bons profissionais
basta ver o exemplo do irmão do jorge sampaio
de resto como dizia um padre psicólogo
quem vai para psicólogo ou sofre de complexos messiânicos ou precisa de muita ajuda
Sr. José Fontes,
Eu creio que as pessoas (todas) devem defender os seus interesses e exigir o que bem entendam adequado (neste caso são os professores a clamarem por um tratamento de excepção), contudo a satisfação desses interesses naturalmente depende do que os demais considerem adequado (neste caso representados pelo governo eleito pelos portugueses para tratar destes assuntos e doutros). Neste caso o governo considera que não pode dar esse tratamento excepcional que os professores exigem.
Neste mundo repleto de injustiças, eu não digo que a exigência dos professores seja completamente irrazoável (porque não posso), decerto haverá muitos professores que mereciam muito mais em função do esforço que dedicam à sua profissão. Contudo, mesmo para esses casos, eu questiono-me se esta será uma boa altura para fazer essas reinvindicações, e, sinceramente, parece-me que não.
Noto que este nosso país, por não conseguir satisfazer os seus compromissos financeiros, está sob assistência financeira externa, e a acção governativa está sob vigilância dos que se propuseram a fazer essa assistência, que periodicamente fiscalizam as nossas contas para também periodicamente irem libertando o fundos que o governo precisa (para entre outras coisas pagar os ordenados dos professores e dos restantes funcionários públicos).
É certo que podemos tentar imaginar que porventura estamos (o nosso país) numa situação diferente, o que não muda grande coisa (e não é dependente da filosofia política, da honestidade, ou da competência de quem nos governa).
Se me pergunta de onde vem este azedume, posso dizer-lhe que vem dos milhares de pessoas que estão desempregadas e que, enquanto a economia não começar a crescer, não têm qualquer vislumbre de futuro.
eu percebo que o menino está em greve
mas não acuse os restantes do seu passatempo preferido
se dissesse que snifava linhas de coca ou injectava cavalo também não dava
não dou explicações para pagar taes luxos
também não monto em alunas ou alunos como um tipo que até a página de correio da manhã chegou...
logo não tenho vícios
nem da interneti
3 erros básicos
1º A fé que é isenta de Provas-Eu creio que as pessoas (todas assassinos e loucos compulsivos inclusos) devem defender os seus interesses e exigir o que bem entendam adequado
(neste caso são os professores a clamarem por um tratamento de excepção, errado querem manter um status quo que continuará a existir noutras profissões ligadas ao aparelho de estado),
contudo a satisfação desses interesses naturalmente depende do que os demais considerem adequado ...os demais aparentemente são poucochinhos(neste caso representados pelo governo eleito pelos portugueses para tratar destes assuntos e doutros).
Neste caso o governo considera porquê?
que não pode dar porque precisa do dinheiro extra para swaps e PPP's?
Neste mundo repleto de injustiças, Contudo, mesmo para esses casos, eu questiono-me se esta será uma boa altura para fazer essas reinvindicações, e, sinceramente, parece-me que não....quando já não as formos capazes de fazer?
Noto que este nosso país, por não conseguir reprimir as despesas do estado social e associal satisfazer os seus compromissos financeiros, está sob assistência ....pode-se chamar isso
ou optar por sair do euro e reduzir a massa salarial em 40 ou 80 % e ajustar o nível de consumo
Se me pergunta de onde vem este azedume, posso dizer-lhe que vem dos centos de milhares de pessoas é uma questão de escala que estão desempregadas e que, enquanto a economia não começar a crescer e não vai crescer de certezinha em escudos ou em euros não têm qualquer vislumbre de futuro...de futuro têm
não é é grande cousa
mas si señor vossemecê dava um bom prof
fina análise.
se não vê a triloggia do erro, mim põe o avental e satisfaz a curiosidade do profano
Vasco da Gama:
E se o seu azedume fosse direccionado para as verdadeiras razões:
PPP, com TIR entre 11% e 17%.
Rendas de usura da energia (reconhecidas no relatório da Troika).
Apoios à banca (e banqueiros corruptos ou incompetentes).
Ordenados escandalosos das elites gestoras.
Desperdício com uma administração pública irracional para gerir um minúsculo território e 10 milhões de seres.
(Ex. Um PR, um Governo de 50 membros, uma AR de 250 deputados, duas A. Regionais de 50 deputados cada para 250 mil habitantes, 5 CCDR, 308 câmaras, 4000 freguesias, várias direcções regionais de ministérios, Forças Armadas com 73 oficiais generais do quadro, mas 132 na realidade, mais a cadeia em pirâmide que a partir deles se desencadeia em todos os postos inferiores).
Etc., etc., etc.
Vejo que nada disto o escandaliza.
Os professores sim.
Ainda bem, porque estes, sendo mais fracos do que os grupos privilegiados dos interesses que referi, irão perder a batalha.
Tudo acabará em bem, os vascos da gama deste país dormirão, finalmente, em paz e eterna felicidade.
Salvar-se-á Portugal.
Os mecanismos ideológicos de condicionamento das opiniões, de facto, são muito eficazes, cumprindo efectivamente o seu papel.
Sr. José Fontes,
O facto de tudo o que refere me poder escandalizar ou não é irrelevante. Todas essas coisas que refere (as PPPs com condições obscenas, os apoios à banca, os ordenados escandalosos, a irracionalidade da administração pública, ...) já existem há bastante tempo e têm sobrevivido a sucessivos governos, que têm mostrado uma incapacidade extraordinária para resolverem esses assuntos (quando não são eles mesmo a fomentar isso como nas PPPs). Assim sendo não é razoável esperar que eles (estes, ou os outros que gostavam de estar no governo) tenham uma grande capacidade (e sequer vontade) para lidar com esses assuntos.
ah cê tem capacidade de aprendizagem
muito melhore seu fontes pereira de mello
há um erro pois as forças armadas têm 3 ramos e os 132 na realidade, não podem incluir almirantes ou contra-almirantes ou como o pae da jonet capitães de fragata promovidos ao mais alto grau ou quase o que acontecia no ensino e já não acontece
a cadeia tem elos logo não pode ser em pirâmide nem mesmo maia
que teria degraus e logo gradações se fosse pirâmide numérica
o nº de capitães é inferior ao dos postos superiores logo a falácia da pirâmide é desmontável
que a partir deles se desencadeia em todos os postos inferiores....também não gostei desta
é mais cascata em termos de imagética
cê deve ser muito puto né
a não ser que tenhas tido a cria aos 70 como o nosso adriano moreira
ou o urbano tavares
o poder de jure entra sempre em compromissos com o poder de facto
é histórico
e quando não entra
vingt cinq d'avril
«Assim sendo não é razoável esperar que eles (estes, ou os outros que gostavam de estar no governo) tenham uma grande capacidade (e sequer vontade) para lidar com esses assuntos.» Gosto da lógica: como estes têm muita massa e, portanto, podiam-se chatear se lhes cobrassem os devidos impostos, 'bora malhar nos professores, que não têm poder nenhum.
Neste contexto pôr um professor a falar sobre os professores é como por um preso a falar sobre a prisão... Ainda me vêm as lágrimas aos olhos
:-)
G'anda Mário Soares! Como se previa, a adesão à greve no Colégio Moderno cifrou-se nuns estonteantes e extraordinários 0%!
G'anda Mário Nogueira!! Não deste 1 minuto de aulas em 2012/2013 mas conseguiste espatifar o ano lectivo!
É paradoxal que um grupo de caramelos, eleitos por meia dúzia de estalinistas, em eleições onde só alguns podem votar (sindicato), conseguem mandar mais do que um ministro, dum governo eleito por sufrágio universal e directo com 2.159.742 votos! E é ainda mais extrordinário porque os "professores" que os elegeram fazem parte do grupo de eleitores que não votou no partido do governo!!!...
Se isto é democracia nem imagino o que seja uma ditadura.
E viva a escola pública! e a função pública....
A propósito dos tempos que correm (e também do que se diz por estas alturas) há uma frase que se foi repetindo, um pouco por todo o lado, até perder todo e qualquer significado, que é.
"os ricos que paguem a crise!"
ora, bem sabemos que os ricos nunca tiveram de pagar nenhuma crise e quem acaba por pagar todas as crises são sempre os mesmos, os pobres. E eu não tenho nenhuma ilusão que quem vai pagar (e está a pagar) esta crise são na mesma os pobres (que são os que menos voz têm no que vai sucedendo).
Mas adiante, não é só você que não gosta da lógica, eu também não gosto da lógica. Contudo, podemos pensar se as coisas podiam ser diferentes, podemos pegar talvez no que é mais substantivo as PPPs: os contratos de financiamento que foram contratualizadas pelos governos com os bancos privados para a construção de autoestradas e hospitais (que são um benefício para todos) foram feitas de comum acordo entre os representantes eleitos (os governos) e a banca, onde cada um procurou salvaguardar os interesses das partes em questão (os bancos, ou associações de bancos nacionais e estrangeiros por um lado e do povo português), digamos que estes empreendimentos foram considerados vantajosos para as partes envolvidas para os representantes do povo que tiveram financiamento (a pagar mais tarde) para a construção de hospitais, SCUTs e auto estradas e para os bancos (que viam uma bela oportunidade de negócio).
Enquanto as coisas correram bem, todos estavam contentes, os bancos, os emigrantes que vieram fazer as obras, as construtoras que faziam as obras, os portugueses que ficaram com uma melhor saúde e melhores transportes, os médicos e enfermeiros que tiveram emprego, os governantes que produziram toda aquela obra e obviamente os bancos pelo belo negócio que tinham garantido.
Um pouco de repente o estado descobriu que não tinha dinheiro para os compromissos assumidos e teve de pedir assistência financeira aos credores. Estes acederam ao pedido e Portugal ficou agradecido, mas sujeito à tutela desses credores que exigem que o país cumpra os seus compromissos financeiros internacionais, nomeadamente os pagamentos dos empréstimos (independentemente da racionalidade dos gastos) efectuados à banca (nacional e internacional). Neste caso quando se fala da renegociação das PPPs, naturalmente estamos a falar em acordos que satisfaçam as duas partes (Portugal por um lado e os bancos) e os bancos não querem ver reduzida a sua parte do negócio que fizeram. Como se vê um acordo destes não é fácil de fazer, naturalmente quem deve quer pagar o menos possível e quem é credor quer receber o mais possível. Só que a força, neste caso, está do lado dos credores que são defendidos pelos mesmos que apoiam a nossa assistência financeira.
A parte má da história são os interesses que o estado pode de facto alienar e esses são os interesses dos portugueses, em primeiro lugar dos que trabalham para o estado e os do sector privado. Sendo o estado obrigado pelos credores a satisfazer os compromissos com as entidades financeiras, resta ao estado reduzir os ordenados dos trabalhadores a seu cargo e aumentar os impostos sobre os outros.
Eventualmente as coisas seriam diferentes se o estado não estivesse sob assistência financeira, aí, talvez o estado pudesse dizer aos credores que não gostava dos acordos das PPPs e, de facto, renegociar esses acordos ou eventualmente anulá-los, não sendo esta uma opção viável, o estado volta-se para aqueles com quem os acordos antes estabelecidos menos valem, neste caso são os portugueses.
o problema não são os professores, o problema é o estado que foi à falência.
Sr. Vasco da Gama:
«o problema não são os professores, o problema é o estado que foi à falência.»
Mas só para uma das partes, a mais fraca, a do trabalho.
Não perca mais tempo com explicações.
Já percebi, para si, os contratos do trabalho podem ser rasgados, os do capital, por mais usurários que sejam, são para cumprir escrupulosamente.
Volto a repetir, os mecanismos ideológicos de condicionamento das opiniões, de facto, são muito eficazes, cumprem efectivamente o seu papel.
Está um pouco enganado, mas não tem importância, a minha (ou a sua) opinião pouco importa neste caso, aparentemente a única opinião que conta é a dos nossos credores, os tais que emprestam o dinheiro para o estado "cumprir" os seus compromissos e são eles que definem o que pode ou não ser rasgado.
Aparentemente está convencido que o que eu digo faz parte de uma tentativa de condicionamento das opiniões (???).
Neste caso, gostava mesmo muito de estar redondamente enganado.
Esta greve de professores não deveria ter acontecido.
Os professores perderam credibilidade e respeito perante os alunos.
Haveria outras formas de defenderem o que acham estar a perder!
Mas............
Sou professora, não entendo as suas afirmações. Considera que são tão evidentes que nem sequer precisa de as explicar? Mas está enganado, necessita de apresentar razões para sustentar o que diz.
A greve dos professores não deveria ter acontecido porquê? O que é que há de especial na profissão dos professores que lhes retire o direito à greve? Têm algum dever moral que os outros trabalhadores não têm? Eu consigo explicar porque fiz greve (pode ler num post deste blogue) é capaz de me explicar porque motivo estou errada? Eu agradeço.
Baseia-se em que dados para afirmar que os professores perderam o respeito e a credibilidade dos alunos? A avaliar pelas reacções públicas de muitos deles (nos órgãos de comunicação social e nas redes sociais), a sua conclusão não é nada evidente. Assim como não é a do professor Carlos Fiolhais ao considerar (do alto da sua cátedra e dos seus preconceitos) que os professores são um rebanho obediente dos "malvados" sindicalistas. Infelizmente (para nós) a realidade não se deixa encerrar nessas generalizações simplistas.
Diz que os professores poderiam recorrer a outras formas de protesto, quais? E quem os ouvia se eles continuassem, qual carneiros, a cumprir tudo o que lhes é exigido como aconteceu até aqui?
Cumprimentos.
Sara Raposo, professora do ensino secundário.
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