Os estudantes do ensino superior devem estar conscientes de que estudar dá trabalho e nem sempre se traduz em boas classificações. Bem vistas as coisas, não compensa, até porque há alternativas mais simpáticas para alcançar o sucesso e, afinal, gostar de saber é um pormenor. Por isso, no início de um ano lectivo e até, se possível, de um curso aproveitará a muitos ter em conta conselhos como os que se seguem:
"«(...) via colegas meus passarem demasiado tempo em frente dos livros, a sublinhar coisas»De quem são estes conselhos? De um (agora) professor (português) do ensino superior. E também empresário de sucesso (em Portugal). Fala quem sabe!
(...) descreve, ali, a melhor altura para sacar a cábula, durante um exame. Ou a importância dos enunciados de testes dos anos anteriores - os professores gostam de repetir perguntas «Quando os professores não deixam levar o teste para fora da sala, podes sempre tirar uma fotografia discretamente. Se chumbares, vais ter o enunciado para estudar. Aproveita e partilha a foto com os teus amigos (não te esqueças de tirar o som, para que o teu professor não oiça a máquina a disparar...)». Quanto ao uso de cábulas: «É tão fácil ser mais esperto do que o professor (...). Se os professores não gostam de fazer e corrigir exames, ainda odeiam mais a vigilância do mesmo. E fazem tudo para que aquelas duas horas passem depressa: lêem o jornal, trabalham nos seus artigos científicos, preparam aulas, jogam no telemóvel, alguns até vão fumar um cigarro!»"
Está tudo em livro, que é bem capaz de ser, se já não é, um sucesso de vendas. Muita gente quererá conhecer os truques que permitem obter os melhores resultados com o menor esforço, empenho ou gosto. E, aposto, ficará extasiada com cada um deles, pela "esperteza" que revela.
Isto é o nosso país no seu melhor, presumo!
PS. A notícia em que me baseei para escrever este texto foi-me enviada por um aluno que tive no curso de Ciências da Educação.
2 comentários:
Na minha opinião, qualquer teste ou exame em que a utilização de cábulas tenha influência na nota é uma má ferramenta de avaliação, baseada na capacidade de memorizar e despejar informação irrelevante (se pode ser escrita numa cábula, é irrelevante).
Nada me admiraria que acabem ministros.
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