segunda-feira, 1 de outubro de 2012

GOSTAR DE SABER É, AFINAL, UM PORMENOR...

Texto (paradoxalmente) na sequência do texto do Professor Galopim de Carvalho.

Os estudantes do ensino superior devem estar conscientes de que estudar dá trabalho e nem sempre se traduz em boas classificações. Bem vistas as coisas, não compensa, até porque há alternativas mais simpáticas para alcançar o sucesso e, afinal, gostar de saber é um pormenor. Por isso, no início de um ano lectivo e até, se possível, de um curso aproveitará a muitos ter em conta conselhos como os que se seguem:
"«(...) via colegas meus passarem demasiado tempo em frente dos livros, a sublinhar coisas»
(...) descreve, ali, a melhor altura para sacar a cábula, durante um exame. Ou a importância dos enunciados de testes dos anos anteriores - os professores gostam de repetir perguntas «Quando os professores não deixam levar o teste para fora da sala, podes sempre tirar uma fotografia discretamente. Se chumbares, vais ter o enunciado para estudar. Aproveita e partilha a foto com os teus amigos (não te esqueças de tirar o som, para que o teu professor não oiça a máquina a disparar...)». Quanto ao uso de cábulas: «É tão fácil ser mais esperto do que o professor (...). Se os professores não gostam de fazer e corrigir exames, ainda odeiam mais a vigilância do mesmo. E fazem tudo para que aquelas duas horas passem depressa: lêem o jornal, trabalham nos seus artigos científicos, preparam aulas, jogam no telemóvel, alguns até vão fumar um cigarro!»" 
De quem são estes conselhos? De um (agora) professor (português) do ensino superior. E também empresário de sucesso (em Portugal). Fala quem sabe!

Está tudo em livro, que é bem capaz de ser, se já não é, um sucesso de vendas. Muita gente quererá conhecer os truques que permitem obter os melhores resultados com o menor esforço, empenho ou gosto. E, aposto, ficará extasiada com cada um deles, pela "esperteza" que revela.

Isto é o nosso país no seu melhor, presumo!

PS. A notícia em que me baseei para escrever este texto foi-me enviada por um aluno que tive no curso de Ciências da Educação.

2 comentários:

António Manuel Dias disse...

Na minha opinião, qualquer teste ou exame em que a utilização de cábulas tenha influência na nota é uma má ferramenta de avaliação, baseada na capacidade de memorizar e despejar informação irrelevante (se pode ser escrita numa cábula, é irrelevante).

José Batista disse...

Nada me admiraria que acabem ministros.

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