O posicionamento das escolas portuguesas - o ranking -, determinado a partir das classificações escolares dos alunos vale o que vale, já sabemos, mas vale pelo por alguns aspectos que vai revelando.
Neste ano, vale por revelar, mais uma vez e de forma clara, que os resultados académicos relacionam-se com o carácter público e privado das escolas, e com o nível sócio-económico e cultural de proveniência dos alunos.
Trata-se duma circunstância que vejo como particularmente preocupante, sobretudo pelo facto de a tendência ser de agravamento, em vez de atenuação: são as escolas privadas a ocupar as posições mais vantajosas e os níveis sócio-económico e culturais mais privilegiados.
Poderá o leitor aprofundar este assunto, por exemplo, aqui e aqui. E, sobretudo, ler ou reler o extracto do livro Escola, igualdade e diferença, de Joaquim Valentim, que aqui reproduzi.
sábado, 13 de outubro de 2012
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2 comentários:
E a tendência para o agravamento só pode acentuar-se de acordo com o que tem sido a evolução sócio-político-económica do país. É um plano inclinado, cada vez mais inclinado, para as escolas públicas, a que talvez se possa passar a chamar escolas de pobres. Agora já discutimos a importância de arranjar alguns manuais para os alunos (ainda tenho um ou outro sem livros...), mas, a breve trecho, a preocupação maior talvez seja arranjar-lhes de comer.
Façam o favor de me contestar. Agradeço que (me) demonstrem que sou pessimista e estou enganado.
Não, José Batista... não é a breve trecho que lhe vamos arranjar de comer! Infelizmente já é uma realidade nas escolas públicas. Já há crianças que ficam desde as 12.30 até às 17.30, na escola, sempre com aulas ou atividades, sem qualquer tipo de alimento! Ainda ontem me deparei com um dos alunos mais velhos a pedir o lanche aos mais pequeninos! Diariamente partilho o meu lanche com dois alunos dos mais carenciados!!! e estas crianças vão ter forças anímicas para estudar? é tão angustiante...
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