A propósito do post recente sobre o Latim nas escolas alemãs:
Um dos alunos de uma turma do 9.o ano que visitou recentemente o núcleo da exposição "Ver a República" na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra perguntou - e parecia ser uma dúvida genuína - se o Latim era um país...
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8 comentários:
Vou contar algo que eu vi com os meus olhos. Não me contaram, eu vi.
Num teatro com actores ingleses a que assistiam alunos do 9º ano de escolaridade foram solicitados quatro (alunos) a subir ao palco. Os actores bem gritavam para os alunos "Dies, dies, dies!", "Die, man", "Die, man", "die, die, die", "death, death, death" e os alunos nada faziam senão sorrir de ignorância... teve que um dos actores agarrar num aluno, apesar da sua resistência, e deitá-lo no chão... mas não chegou. Os alunos levantavam a cabeça, sem perceber porque estavam deitados, faziam palhaçadas para a assistência incrédula... até que um dos professores acompanhantes gritou: "Vocês estão mortos! Irraaaaaaa, será possível que não percebam algo tãooooooooooooooooooooo simples??"
O nosso "ensino" é isto. O resto são contos de encantar.
E assim vamos perdendo as bases de nossa língua!
É uma pena...
Subscrevo a tudo o que deplora a perda do latim, que ja não se ensina, apesar de fazer parte da nossa lingua, mas lembro que o latim é a lingua que se falava no Latium (Lacio), ou seja num determinado pais (mais propriamente numa determinada região).
Portanto, se calhar, o aluno até não estava completamente ao lado. O que prova que não ha perguntas estupidas...
O que os alunos do ensino básico e secundário, dizem, (às vezes alto, só para que os ouçam), perguntam e fazem, faria corar as pedras da calçada se reproduzido em meios de comunicação com um mínimo de decência. E talvez poucos acreditassem...
Então agora, nas escolas em que professores e alunos têm que partilhar os mesmos sanitários, os professores são obrigados a ouvir conversas de estarrecer, de alunos e de alunas, com a maior das indiferenças por parte dos jovens.
E isto acontece todos os dias...
Não devíamos responsabilizar criminalmente quem obrigou os professores a sujeitarem-se à farsa de inovações pomposamente intituladas "formação cívica", "área de projecto", etc, ou a ideias como aquilo a que chamam "learnig street"?
O país está bonito, está.
Fiquei um bocado surpreendida (e irritada) ao ler este post.
Qualquer um dos meus alunos que frequentam o 8.º e o 11.º anos sabe que o latim não é um país!
Parece-me perigoso generalizar a todas as escolas portuguesas uma observação feita junto de alunos de uma única escola...
A vantagem do latim
é de tal modo evidente
que frisá-la é, quanto a mim,
até contraducente!
JCN
Pois é, é lamentável que o nosso país, um representante das línguas românicas, se tenha esquecido da língua mãe.
E nem o ME está preocupado em ressuscitá-la, mais parece que concorre para o seu enterro definitivo.
Eu não diria, caro anónimo, "ressuscitá-la", porque ainda há humanóides que a praticam: repô-la, caro amigo. seria preferível. JCN
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