terça-feira, 2 de novembro de 2010

GRANDES ERROS: Ecobolas

Deparei-me com esta reportagem, em que uma apresentadora identificada como pertencendo à Quercus promove as vantagens das ecobolas, classificadas como uma novidade científica que permite lavar a roupa (e a loiça, segundo o site) sem detergente.



Neste video é alegado, entre outras coisas, que as ecobolas "separam o oxigénio e o hidrogénio da água": a hidrólise da água na máquina de lavar!

No site das bolas verdes há todo um chorrilho de disparates, como que "cerâmicas Alcalinas mantêm o pH próximo de 10". Portanto, de alguma maneira reduzem a concentração de iões hidrónio (H3o+) muito abaixo do nível de auto-dissociação da água, e fazem-no nada menos do que 1000 vezes (lavagens). Basta pensar no volume da água de 1000 lavagens (por mais ecológico que seja o programa) e na quantidade de base que teria que se adicionar para que o pH subisse para 10 (e o pH é uma escala logarítmica, ou seja cada alteração de uma unidade implica uma mudança de um factor de 10 na concentração) para perceber que essas ecobolas devem ser armas de destruição maciça.

O que mais me preocupa é o facto de a Quercus (sem dúvida uma associação bastante meritória) ficar associada a isto. Parabéns às ecobolas, conseguiram uma validação de peso!! A defesa do ambiente é necessária, mas as mensagens ambientais devem ter precisão e racionalidade, sob pena de caírem no descrédito.

Só mais uma coisa: experimente pegar num prato não muito sujo (e que não esteja no purgatório há três dias) e passá-lo por água sem detergente. É espantoso o que a água consegue fazer, mesmo sem as cerâmicas kung fu.

28 comentários:

Anónimo disse...

"Cerâmicas kung fu" - adorei.

MJ

Anónimo disse...

hum...eu uso ecobolas e ecobag...e já fiz a experiência que o doutor aconselha e vejo algumas diferenças...mas eu é mais ver para crer...pq n experimenta? Ah pois pq "alguém disse" que n serve...um estudioso que diz meia dúzia de coisas que servem lobbys tipo grandes industrias de detergentes e tal...os toalhetes para limpar o rabinho dos bebés no primeiro ano de vida fazem mal ...segundo a UNICEF, mas algumas vez viu alguma campanha contra esse uso? Algum doutor a comentar...não pq lá se ia a dodot como empresa...tudo a servir lobbys...graúdos...pode até ter razão, mas prove-me o contrário...sobre as ecobolas...n serve pq o estudo foi realizado por quem mesmo? A DECO?

Francisco Ferreira (Quercus) disse...

Aqui segue um esclarecimento que a Quercus tem vindo a transmitr a muitas das pessoas que nos têm contactado:

A “Ecobola” é disponibilizada no mercado português através de várias marcas, nomeadamente:
- IRISANA: http://www.irisana.com/eco-bola-irisana~72.IR20~325~no~ninguno~ninguno.html
- ORIMA: www.orima.pt
- OKOBALL: http://www.okoball.com/2009/index.php?cPath=22
- ECOZONE: www.ecozone.com/p_Ecoballs150.html

Nestes links podem ser consultados os preços, que regra geral situam-se à volta dos 30 Euros. Na ausência dessa informação, deverá contactar directamente a marca.

Em Portugal, estas marcas podem ser encontradas em alguns revendedores, como o AKI (www.aki.pt), o supermercado BRIO (www.brio.pt) ou a loja online PIXMANIA (www.pixmania.pt), sendo que em alguns o preço pode ser mais reduzido (mas julgamos que nunca tão baixo como referiu).

Na sequência do feedback positivo por parte de alguns utilizadores e da possibilidade de ser uma alternativa à utilização de detergente em algumas lavagens, a Quercus realizou um Minuto Verde (RTP1) sobre a Ecobola, no sentido, não de a promover, mas de a dar a conhecer aos consumidores como possível solução. Temos também conhecimento da referência à Ecobola no programa Desafio Verde, do qual somos parceiros, embora não tenhamos estado ligados a essa recomendação específica.

A Quercus recomenda vivamente a consulta de informação/estudos realizados recentemente por parte de algumas entidades como a DECO em Portugal e a sua equivalente espanhola OCU (Organización de Consumidores y Usuarios), que consideram a “tecnologia” por detrás da Ecobola não tão eficaz como consta nas embalagens.

Artigo da DECO: http://www.deco.proteste.pt/ambiente/ecoballs-e-ecogenie-ball-lavagem-pouco-eficaz-s593331.htm

Artigo da OCU: http://www.ocu.org/equipamiento-del-hogar/ecobola-como-lavar-con-agua-s465574.htm

Francisco Ferreira, Quercus

Ana disse...

"ESTAS BOLAS CRIAM UMA ONDA ENERGÉTICA QUE QUEBRA AS COMBINAÇÕES DO HIDROGÉNIO DA MOLÉCULA DA ÁGUA EM PEQUENOS AGLOMERADOS E FORÇA-OS A ESTAREM ACTIVOS AUMENTANDO ASSIM O MOVIMENTO MOLECULAR."

onda energética???...que quebra as combinações do hidrogénio da molécula da água??

acham mesmo que se a electrólise (é este o nome da clivagem das ligações covalentes hidrogénio-oxigénio) podia ser algo assim tão fácil? ainda por cima vinda de raios infravermelhos que estão dentro de uma bola de cerâmica? Se os raios infravermelhos pudessem fazer isso, já não existiria uma única gota de água à superficie da terra...
Mas pronto, até acho que se estão a referir às ligações de hidrogénio entre moléculas de água, e não às covalentes.


#Os raios infra-vermelhos alteram as combinações moléculares de hidrogénio na água em pequenos conjuntos#

Ora bem, alteram as ligações de hidrogénio da água com raios infravermelhos que vêm de uma bola de cerâmica...!!!...é uma bola de ceramica ou é um forno infravermelhos (outra fraude, já agora)? Mas partindo do principio que fazem isso mesmo... solvatam? a água solvata a sujidade?...a sujidade são iões, estou a ver... por isso é que toda a vida teve de se utilizar substancias com propriedades detergentes capazes de emulsificar gorduras... ou teremos uma ceramica que propaga o efeito hidrofóbico?...

E os raios infravermelhos, saem de onde? qual é a fonte? uma bola de ceramica? que provoca uma onda energética?... uma bola mestre reiki, estou a ver.

#e irradiam iões negativos que enfraquecem a aderência da sujidade;#

mas que mania que esta malta tem de meter os pobres dos iões ao barulho!!! vamos a ver, a bola é um forno de infravermelhos, mestre de reiki e que ainda irradia iões!!!! negativos!!! UAU!! partindo do principio que sim... de onde vêm eles? há algum sal dentro da eco-bola? a cerâmica vai-se dissolvendo? e a cerâmica é toda ela só iões negativos?...ah, sim, tb é mestre reiki e forno infravermelhos.


#Cerâmicas Alcalinas mantêm o pH próximo de 10 (como os detergentes), ajudando a remover a sujidade#

mas vocês querem lavar a roupa ou enchê-la de sonasol verde amoniacal?...ou lixivia...?? já agora, como é que uma bola de cerâmica mestre de reiki consegue a proeza de fazer aquilo que as bases mais fortes não fazem? isto sem destruir a roupa, claro está...

Ana disse...

#Cerâmicas Antibacterianas eliminam o bolor e os organismos patogénicos na máquina de lavar e activam a água;#

ah, os antibióticos eliminam bolores...porque os bolores são bactérias, ne?...já para não falar que disseminam antibióticos para o meio ambiente!!? mas que grande ecologia, sim senhora, encher o meio ambiente de antibióticos...
activam a água? activam?... já agora, tb activam o GNA?... era cá uma activação...

#Cerâmicas Anticloro eliminam o cloro presente na água, retirando tensão à água e aumentando o poder de limpeza;"#

ah, elas irradiam iões negativos, e ao mesmo tempo removem iões negativos... sim senhora... que bela bola filosofal. E o cloro existe mesmo para conferir tensão à água está visto, por isso é que ao retirar o cloro se retira tensão à àgua. Olha, olha, e eu que pensava que as ligações de hidrogénio é que conferiam tensão à água...

Isto é um chorrilho de disparates. Um atrás do outro. Bem ao nível da power balance.

Mas só é negacionista quem quer. Se preferem acreditar em charlatães que usam a vossa preocupação genuína com a ambiente para fazer negócio...é com vocês.

Só tenho pena de constatar que a Quercus ter realizado um minuto verde onde é disseminada desinformação e um chorrilho de asneiras, sem se ter informado primeiro junto de especialistas em quimica de materiais.

Não há qq estudo científico que apoie este produto que, infelizmente, é mais um dos que apelam à falta de conhecimentos científicos das pessoas, usam termos científicos sem sentido, numa grande misturada. E, depois, quando uma pessoa formada na área surge a alertar para a fraude, é apelidada de arrogante, com a mania que sabe tudo...

É muito simples: se preferem ser enganados, força.

Ana disse...

E aqui, nem há efeito placebo que ajude...

Ana disse...

Francisco Ferreira, vivemos tempos em que as pessoas adquiriram (finalmente) alguma consciência ambiental. Achavam mesmo que se surgisse um programa (des)informativo onde alguém identificado como pertencente à Quercus apresenta algo como uma alternativa ecologicamente viável, a Quercus não estaria a contribuir para a promoção do mesmo? mesmo não tendo sido essa a sua intenção?
Tenho pena que até um organismo importante como a Quercus não tenha tido discernimento para contactar especialistas em quimica de materiais e que tenha sido por demais ingénuo, comprometendo a sua credibilidade na defesa do ambiente.

Ps - já agora, sou Bioquímica.

Anónimo disse...

Cara Vani,

A disparatada pegada que consta nos sites destas bolas (e que muito bem enumerou) não passa (ou não devia passar) despercebida a qualquer um que tivesse feito o 11º ano do secundário na área de ciências (isto para não ir mais longe), não seria necessário ser especialista em química ou bioquímica...

Agora o que eu acho extraordinário é que se esta reportagem tivesse passado na nossa TV há uns 30 anos atrás, mesmo com o nível de ileteracia que havia na altura, seriam pedidas responsabilidades em quem tivesse produzido ou autorizado tamanho disparate, enquanto a generalidade das pessoas iria se limitar a comentar com algum humor, no café ou na tasca, a palhaçada a que tinham estado sujeitos.

Hoje em dia é o que se vê, um país de doutores que são enganados pelo vendedor de esquina mais próximo...

Dervich

jmdamas disse...

Caro Anónimo 3 DE NOVEMBRO DE 2010 04:30,

Primeiro, o que o David começa por explicitar aqui nem é acerca da bola ter efeito ou não. É da catadupa de disparates que são dados como explicação (pseudo-)científica do funcionamento da bola, que são atentado intelectual. Num país com uma baixíssima cultura científica, isto causa muitos estragos e ao publicitarmos isto, nunca iremos sair deste estado. Segundo, há que não ser ingénuo. Quem vende estas bolas tem o mesmo objectivo dos que vendem os detergentes: dinheiro. Às vezes até são os mesmos a tentar expandir o mercado e tentar apanhar o dinheiro daqueles que não lhes compram os detergentes.
Cumps,
João M. Damas

Anónimo disse...

A questão é algum dos ilustres lavou com a Ecobola? Ou com água?
É possivel que seja têndencioso...http://www.laundryball.com.au/tests.php
Pq as vende...mas eu lavo e estou satisfeita e nem eu nem os meus filhos parecemos o cascão :)
Sabem quem é o Cascão certo? Está na net...tb é cultura geral n se dá na escola!

Anónimo disse...

Sim, os testes feitos no laboratório citado no link

http://www.laundryball.com.au/tests.php

indicam que os efluentes resultantes das lavagens são bons para o ambiente porque são parecidos com água normal...o que não será de espantar, visto que na máquina de lavar nunca entrou mais nada do que roupa suja, água e...uma bola de plástico!

Mas ok, a água quente é um bom solvente, elimina algumas nódoas e disfarça a maior parte delas, sendo indiscutivelmente o produto mais ecológico que existe.

Dervich

Anónimo disse...

Gostava de partilhar a minha experiência, visto ser algo que ninguém ainda falou aqui...
´satisfeito :)

Paulo de Castro

Ana disse...

Dervich, tem toda a razão. A qq um que tenha feito o 11º de ciencias não deveria passar isto despercebido. Infelizmente, pelos vistos, passou.

Cara anónima, se quer ser enganada, é consigo.

Ana disse...

não esquecer que a ecobola liberta iões negativos! tal como as power balance! os iões negativos estão na moda!

Ana disse...

E não esquecer tb que é estranho que um produto que alega ser ecológico alegue conter antibióticos, elevar o pH até dez, exigir água quente na lavagem, e não funcionar no programa de economia de água. E é amigo do ambiente.

Mas, claro, os cientistas são todos um bando de totós arrogantes que não conhecem a Turma da Mónica...excepto quando dá jeito! quando precisamos de ir ao médico (cientistas malvados que desenvolveram os medicamentos que nos curam! e os exames de rotina que fazem a prevenção das doenças!), quando enviamos mensagens pela internet (é magia!!), quando andamos de automóvel (mais magia!)...nesta altura os ilustres já dão um jeitaço.

Ana disse...

Ah, Dervich, quando eu me referi a especialistas quimicos, pretendia referir que um organismo como a Quercus deveria ter-se informado junto de especialistas antes de darem o seu apoio a um produto deste género, por forma a que esse apoio fosse sustentado com testes específicos (como os que a DECO realizou). Logicamente que no que respeita à detecção da fraude em si, qq estudante de ciências deveria torcer o nariz.

Li num comentário, noutro post, que um manual do produto ainda alega que este contém partículas alfa?? Radioactividade??

Que grande produto ecológico...

O meu espanto (e irritação, confesso), é que as pessoas queiram ser enganadas à força toda, mesmo quando têm a informação à sua frente.

Ana disse...

Dervich (desculpe a seca, eheheh), mas mesmo a água quente não dissolve sujidades hidrofóbicas.

Anónimo disse...

Bem, a reportagem da Quercos indica que o produto é "certificado", certificado por quem, perguntar-se-á...
Só se fôr pelo mesmo organismo que certifica os brinquedos dos miúdos, digo eu.
A verdade é que a Quercos meteu aqui uma boa argolada como o esclarecimento do Francisco Ferreira vem implicitamente confirmar.

Ah! A reportagem também indica que a bola procede à separação do hidrógenio e oxigénio da água (sem fonte de energia isto sim, é notável!), "aumentando assim o movimento molecular"??!!

Se isso acontecesse de facto, o movimento molecular simplesmente diminuiria porque, ao separar o hidrógenio do oxigénio, estamos a destruir moléculas de água e não a movimentá-las
(for god sake, qualquer aluno do 9º ano deveria saber isto!)

Resta ainda dizer que, por qualquer molécula de água destruída dentro de uma máquina de lavar, uma outra se formará imediatamente ao lado num equilíbrio constante, enfim...
...isto é tudo mau de mais para ser verdade que aconteça, o séc XXI não era suposto ser um regresso à idade do obscurantismo, será que as pessoas, além de perderem qualquer sentido crítico, já nem sequer sabem pesquisar na internet?

Dervich

Anónimo disse...

Os universitários não sabem a tabuada, o governo n sabe fazer contas e você vem dizer q os alunos do 9 ano...ahahaha...acredita no Pai Natal? :)

Anónimo disse...

Isto (o tópico, não as bolas) é muito bom. De facto, ver para crer: à descrição que é feita da eficiência destas ecobolas, sinto-me tentada a pedir aos produtores que as comecem a comercializar em ampolas bebíveis! Agora mais a sério: a questão aqui, a meu ver, nem deveria ser a eficiência do produto, mas os argumentos mirabolantes (e penso que claramente irracionais) com que a venda vem embelezada. Que aconselhassem a sua utilização como substituto de detergentes que deixam muito a desejar (algo do género: mal lavado por mal lavado, ao menos não polui), isso poderia ser aceitável, mas esta publicidade é desonesta, na melhor das hipóteses.

Enfim...

MJ

Anónimo disse...

Ecobolas, pulseiras de equilíbrio ou tucsons (alguém se lembra?), cartomancia, astrologia, bruxaria, aquecimento global, enfim! vários rostos para a banha da cobra...
Quando a Quer cus não sabe como encher o chouriço do seu «Minuto verde» faz como o Sócrates para governar: delira...
Obrigado pelo espaço.
JM

Anónimo disse...

Boas notícias do país vizinho, foi ordenada a retirada da publicidade enganosa a 14 fabricantes de EcoBolas:

http://www.publico.es/359796/sanidad-frena-el-timo-de-la-ecobola

A RTP deve estar com as orelhas a arder depois de terem passado a publicidade no Minuto Verde e no Desafio Radical...

Cristina Ferreira disse...

Sou licenciada pela Universidade de Coimbra, foi precisamente o que me ensinaram na faculdade, em Bioquímica, que me fez acreditar naquele conjunto de argumentos publicitários às ecobolas. Já desconfiava da qualidade de ensino que me foi prestada, particularmente porque não entendo como se aprende química, física, bioquímica sem entrar num laboratório. Gostaria de pedir um grande favor aos cientistas da área: podem relembrar-nos o mecanismo de actuação dos detergentes na remoção da sujidade da roupa dentro da máquina da roupa para que pudessemos compreender porque é que as ecobolas não podem ser substitutos do detergente.

Carla Rocha disse...

Tal como a Cristina gostaria de pedir um grande favor aos cientistas da área: podem relembrar-nos o mecanismo de actuação dos detergentes na remoção da sujidade da roupa dentro da máquina da roupa para que pudessemos compreender porque é que as ecobolas não podem ser substitutos do detergente.

Não estou a compreender qual o vosso interesse em denegrir tão fortemente a imagem das ecobolas. Eu estou extremamente satisfeita. A minha mãe está satisfeita. O meu irmão e a minha cunhada estão satisfeitas. Duas primas estão satisfeitas. Um total de 7 casais amigos estão satisfeitos.

É que voces e os estudos que vocês apontam (tenho que ser sincera e dizer que vocês só divulgam os estudos que defendem a vossa causa, ignorando todos os outros estudos com resultados positivos para o produto) apenas dizem que a publicidade de algumas marcas (a marca da minha não o faz) é enganosa. Mais, é cientifica e estatisticamente impossível fazer a generalização que vocês estão a fazer: foram estudadas certas marcas e os resultados limitam-se exclusivamente às marcas que lá se encontram.

Não estou a conseguir compreender porque despendem tanto do vosso tempo com uma campanha negativa para um produto que tem bons resultados e que efectivamente é ecológico. Compraram alguma e não ficaram satisfeitos? Eu comprei a minha num site que não faz essa publicidade enganosa que vocês tanto criticam (diz para se utilizar 20% de detergente e 50% do amaciador) e ainda nos deixa experimentar o produto durante 15 dias, se não ficarmos satisfeitos devolvem-nos o dinheiro. Porque não aproveitam para experimentar (afinal deveria ser esse o primeiro instinto de um cientista)?

CA9 disse...

Cara Carla Rocha,
Já entendemos todos que o português tem muitas dificuldades em termos de interpretação de língua... mas tantas?!
O que foi discutido aqui, como já foi mencionado antes, foi a credibilidade do que dizem, que desacredita qualquer pessoa que se preocupe com o que compra! Quem é que vai comprar algo que à partida não tem pés nem cabeça?! Quem for ignorante e não souber, digo eu, ou quem acredita nos contos do vigário!
Se pra si serve, ainda bem... Já todos entendemos porquê.

Nesta discussão apenas se juntou um + um. Deu dois. Ponto.

Cátia Alves

Pedro Mendonça disse...

As ecologias andam a dominar a opinião da sociedade, chegamos a um ponto que estamos suficientemente bem na vida para nos preocuparmos com problemas desse tipo, o q é ótimo,
realmente é importante termos consciência ecológica, mas ponderada, as medidas ecológicas têm geralmente custos (as q n têm ou já foram implementadas ou então nguem se lembrou delas o q é dificil de acreditar embora seja possível), e se estamos predispostos a suportá-las é pq nos encontramos numa situação bastante boa. Há que saber pesar os prós e contras de se caminhar para um sociedade mais ecológica, pois há medidas que são totalmente inviáveis e outras q n têm qq impacto apesar de se vender q sim.

Tal como em qq movimento de boa fé, há sempre pessoas que se vão aproveitar da boa vontade das pessoas e da sua falta de informação, e este n é excepção. Se aparece um novo mercado, há alguém que o vai explorar, é só dar-lhe tempo.

Neste caso em particular se conseguisse provar q as ecobolas n fazem o q é vendido, isto é a questão do PH, dos iões, etc. acho mto bem q as marcas q as vendem como tal devam ser processadas, pois estão a mentir deliberadamente e a enganar os clientes. Qto à questão de substituírem os detergente, se os clientes acham q vale apena, msmo q n faça qq sentido, pois bem q assim seja. A partir do momento que têm a possibilidade de comprovar se o produto lhes agrada ou não e a avaliação é positiva, acho bem q o mercado continue e q sejam vendidas mais ecobolas. O que interessa é q a informação seja disponibilizada, dpois cada um usa-a como quer. Atenção, que com esta posição n estou a ir contra este post assim como as pessoas expressarem o seu descontentamento com estas ecotretas, estou apenas a dar liberdade a ambas as partes, desde q n haja fraude sou a favor.

Qto a testar a credibilidade do produto em termos de eficácia de lavagem propunha um teste engraçado. Pegando no exemplo aqui da Carla R. (achei piada o site pedir para utilizar na mesma 20% deter. e 50% de amaciador), dividiria um sesto de roupa suja da semana em 3 conjuntos: 1º - lava-se apenas com água quente, sem deter e amacia; 2º - lava-se com (os tais) 20% de det e 50% de amaci; o 3º - lava-se com a ecobola e a msma quantidade de det e amaci. Depois sugeria que chamasse umas qtas pessoas da sua família, e colocaria os 3 conjuntos para avaliação (sem saberem qual dos conjuntos pertence a cada tipo de lavagem claro!) e perguntaria se haveria dif de sujidade nos conjuntos e qual deles estaria em melhor estado.

Nota: para garantir resultados mais verosímeis seria importante q a sujidade tivesse homogeneamente repartida pelos 3 conjuntos.

MGuiga

GTM disse...

Discussão totalmente infértil! O que interessa é que a ecobola funciona! Uso há 08 meses e ela lava muito melhor que sabão, a economia é brutal! Os experts (ou chatos!?) ai do site deveriam fazer o teste antes de ficar aplicando suas inúteis equações e explicações científicas! Vai ver, recebem um "bônus" das industrias de sabão !!! Assim funciona com remédios e muitas outras coisas, tudo o que faz bem ao povo, logo é criticado pela ciência oficial que sempre tem interesses por vezes duvidosos!

Anónimo disse...

Eu acho que as ecobolas funcionam. Comprei uma no site www.ecobola.pt e a verdade é que gasto agora muito menos detergente que anteriormente. E dá-me a sensação que a roupa sai mais limpa e que é mais fácil passá-la a ferro. Também adquiri uma bola anti-calcário, que uso juntamente com a ecobola, e desde então deixei de usar produtos anti-calcário como o Calgon, que são bastante poluidores.

"A escola pública está em apuros"

Por Isaltina Martins e Maria Helena Damião   Cristiana Gaspar, Professora de História no sistema de ensino público e doutoranda em educação,...