sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

DEPOIS DE CASA ROUBADA, TRANCAS NA PORTA!

 


“Não se é menos culpado por não fazer o que se deve fazer do que que fazer o que se não deve fazer" (Marco Aurélio, imperador romano).

Mal acabei de escrever, aqui, o último texto sobre o corona vírus saem-me as intenções furadas em deixar o teclado do computador dormir a sesta descansado! Mas isso pouco me preocupa porque, inspirado em D.H.Laurence, “gosto de escrever quando estou despeitado”, mesmo que possa enfastiar generosos leitores da minha prosa.


A mim o que me espanta, mas espanta mesmo,  é ver a União Europeia, segundo a RTP, só agora ponderar em fechar as fronteiras para evitar uma maior propagação de novas variantes do corona vírus.  Ou seja, é caso para eu citar mais 

um aforisma tão a meu gosto e hábito: “Depois de casa roupada, trancas na porta”.

Desta forma, as fronteiras portuguesas vão deixar de ser um ver se atavias a dar guarida a falsos “refugiados" de países do continente africano em que nem sequer existe guerra desconhecendo-se as suas intenções, em serem ou não recrutadores de novos homens de uma legião a invadir e a destruir  a civilização em prol de uma hegemonia seja ela religiosa, económica ou outra qualquer. Reporto-me ao "jihadismo"  de grupos sionistas violentos.  


O mundo actual está longe de ser um paraíso de Éden com abundância de tudo e um deus a guardar a árvore da vida dos humanos!


Espanta-me, por exemplo, que a viatura que transportava milhares de vacinas contra o corona vírus se tenha despistado, naturalmente, por excesso de velocidade, sem  cuidado  pelas vidas que por ela esperavam com esperança de não serem vitimadas por esta pandemia.


Espanta-me que a decisão para o fecho das escolas, do 1.º ciclo do básico ao ensino universitário, só depois de uma previsível  mortandade  dos que são o futuro do seu património cultural humano, tenha sido determinado, para que não sejam os dedos do nosso futuro de gente letrada  que se esvazie ficando apenas o balão dos anéis da nossa vaidade.


Espanta-me que eu ainda me espante com um governo nacional que navega com terra à vista sem bússola magnética para se orientar não perdendo o norte das decisões justas!


Espanta-me que Marcelo Rebelo de Sousa numa reunião de com alunos do liceu de Pedro Nunes, onde tinha sido aluno, hoje escola secundária com o mesmo nome, tenha respondido a perguntas que lhe foram feitas de forma um tanto ou quanto evasiva dando uma no cravo e outra na ferradura.


“Last but not least”, talvez, em reminiscência do seu passado de analista político, o recandidato à Presidência da República não resistiu a preconizar a percentagem de votos que lhe poderão calhar em rifa nas eleições do próximo Domingo,  havendo a necessidade de obrigar a novas eleições para a Presidência da República com o perigo de esse facto representa para novos contágios, pela aglomeração de pessoas nas mesas de voto vítimas  da nova estripe de corona vírus. Haja dó!


Coragem portugueses: ajoelhem-se no altar da incompetência esperançados que a sorte de uma espécie de roleta russa nos proteja de um destino padrasto! Felizmente, como no ensina a “vox populi”, “não há sorte que sempre dure nem azar que sempre perdure?”


Das decisões do governo de António Costa, com diria Eça, “não me ficou a impressão de uma ideia, mas só a lembrança de várias atitudes” sem pés nem cabeça ou a cargo de cabeças teimosas e sem nexo! Já não há paciência, mesmo de Job, que tanto ature!


E não me peçam para eu ser tolerante porque para ser tolerante, como defendeu Umberto Eco, é preciso definir os limites da tolerância. Temo que a tolerância tenha atingido limites que ultrapassados possam provocar danos irreparáveis ao necessário respeito a princípios democráticos!

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