“Não se é menos culpado por não fazer o que se deve fazer do que que fazer o que se não deve fazer" (Marco Aurélio, imperador romano).
Mal acabei de escrever, aqui, o último texto sobre o corona vírus saem-me as intenções furadas em deixar o teclado
do computador dormir a sesta descansado! Mas isso pouco me
preocupa porque, inspirado em D.H.Laurence, “gosto de escrever quando estou
despeitado”, mesmo que possa enfastiar generosos leitores da minha prosa.
A mim o que me espanta, mas espanta mesmo, é ver a União Europeia, segundo a RTP, só agora ponderar em fechar as fronteiras para evitar uma maior propagação de novas variantes do corona vírus. Ou seja, é caso para eu citar mais
um aforisma
tão a meu gosto e hábito: “Depois de casa roupada, trancas na porta”.
Desta forma, as fronteiras
portuguesas vão deixar de ser um ver se atavias a dar guarida a falsos “refugiados" de países do continente africano em que nem sequer existe guerra desconhecendo-se as
suas intenções, em serem ou não recrutadores de novos homens de uma legião a
invadir e a destruir a civilização em
prol de uma hegemonia seja ela religiosa, económica ou outra qualquer. Reporto-me
ao "jihadismo" de grupos sionistas
violentos.
O mundo actual está
longe de ser um paraíso de Éden com
abundância de tudo e um deus a guardar a árvore da vida dos humanos!
Espanta-me, por exemplo,
que a viatura que transportava milhares de vacinas contra o corona vírus se
tenha despistado, naturalmente, por excesso de velocidade, sem cuidado pelas vidas que por ela esperavam com
esperança de não serem vitimadas por esta pandemia.
Espanta-me que a decisão
para o fecho das escolas, do 1.º ciclo do básico ao ensino universitário, só depois
de uma previsível mortandade dos que são o futuro do seu património cultural humano, tenha sido
determinado, para que não sejam os dedos
do nosso futuro de gente letrada que se
esvazie ficando apenas o balão dos anéis
da nossa vaidade.
Espanta-me que eu
ainda me espante com um governo nacional que navega com terra à vista sem bússola magnética para
se orientar não perdendo o norte das
decisões justas!
Espanta-me que Marcelo
Rebelo de Sousa numa reunião de com alunos do liceu de Pedro Nunes, onde tinha sido aluno, hoje
escola secundária com o mesmo nome, tenha respondido a perguntas que lhe foram
feitas de forma um tanto ou quanto evasiva dando uma no cravo e outra na
ferradura.
“Last but not least”,
talvez, em reminiscência do seu passado de analista político, o recandidato à
Presidência da República não resistiu a preconizar a percentagem de votos que lhe poderão calhar
em rifa nas eleições do próximo Domingo,
havendo a necessidade de obrigar a novas eleições para a Presidência da
República com o perigo de esse facto representa para novos contágios, pela
aglomeração de pessoas nas mesas de voto vítimas da nova estripe de corona vírus. Haja dó!
Coragem portugueses: ajoelhem-se
no altar da incompetência esperançados que a sorte de uma espécie de roleta
russa nos proteja de um destino padrasto!
Felizmente, como no ensina a “vox populi”, “não há sorte que sempre dure nem
azar que sempre perdure?”
Das decisões do
governo de António Costa, com diria Eça, “não me ficou a impressão de uma ideia,
mas só a lembrança de várias atitudes”
sem pés nem cabeça ou a cargo de cabeças teimosas e sem nexo! Já não há
paciência, mesmo de Job, que tanto ature!
E não me peçam para eu ser tolerante porque para ser tolerante, como defendeu Umberto Eco, é preciso definir os limites da tolerância. Temo que a tolerância tenha atingido limites que ultrapassados possam provocar danos irreparáveis ao necessário respeito a princípios democráticos!
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